quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Algumas fotos de Itapajeenses ilustres
ASSIM SE FAZ, O MELHOR "PÉ DE MOLEQUE" DO PAÍS!






quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Infelizmente estou, momentaneamente, sem espaço para publicar fotos no blog: www.itapagece.blogspot.com.br  - já utilizei o espaço que o Blogspot libera gratuitamente, por isso vou divulgar hoje um texto bem interessantes, de Guerra Junqueiro. Na próxima semana comparei um espaço maior para poder continuar a divulgar nossa Itapajé. No blog publicarei, por enquanto, somente alguns textos.




A CARIDADE E A JUSTIÇA


(Guerra Junqueiro)



No topo do Calvário, erguia-se uma cruz,

E pregado sobre ela o corpo de Jesus.
Noite sinistra e má, nuvens esverdeadas corriam pelo céu como grande manada de búfalos,
E a lua ensanguentada e fria,
Triste como um solução imenso de Maria
lançava sobre a paz das coisas naturais
a merencória luz, cheia de brancos ais.
Um silêncio pesado amortalhava o mundo

Unicamente ao longe o velho mar profundo
Decantava, chorando os salmos da agonia
E, Jesus, cheio de dor, quase a expirar, sorria.
Os abutres cruéis, pairavam lentamente
A farejar-lhe o corpo às vezes de repente,
uma nuvem toldava a face do luar,
um clarão de gangrena, estranho e singular,
lançava sobre a cruz, uns tons esverdeados
crocitavam ao longe, os corvos esfaimados
Mas passado um instante, a lua branca e pura,

Irrompia, outra vez , da grande névoa escura
]e, inundavam-se, assim, as chagas de Jesus
nas pulverizações balsâmicas da luz.
No momento em que havia grande escuridão,

Cristo viu alguém aproximar-se e então
olhou e viu7 surgir do horror das trevas mudas,
o covarde perfil sacrílego de Judas.
O traidor, contemplando o olhar do Nazareno

Tão cheio de desdém, tão sublime, tão sereno,
convulso de terror, fugiu.
Surgiu-lhe, neste instante,
frente a frente, um vulto de gigante,
que bradou: traidor é chegado o teu castigo,
o traidor teve medo e balbuciou, amigo:
Quem és tu, que queres tu de mim, por quem esperas
O remorso, um caçador de feras,
Eu ando há mais de seis mil anos, 

a caçar pelo mundo, as almas dos tiranos
Do traidor, do vil, do celerado
e quando as prender, tenho-as encarcerado
na enormíssima jaula atroz a expiação
e quando entro na imensa confusão
de tigres, de leões, de abutres, de chacais,
de rugidos febris e de gritos bestiais
fica tudo a tremer, quieto de horror e espanto
Caim baixa a pupila e vai deitar-se a um canto.
E, quando enfim, alguns dos monstros quer lutar,

Azorrágo-o com a luz febril do meu olhar,
Dando-lhe um ponta-pé como num cão mendigo
Judas, já sabes quem sou, andas comigo.
Como um preso que quer comprar um carcereiro,

Judas tira do manto a bolsa do dinheiro
Dizendo: aqui tens, deixa-me partir
O gigante fitou-o e começou a rir.
Houve um grande silêncio, o infame Iscariote,

Como um negro que vê a ponte de um chicote
Tremeu!
Finalmente, o vulto respondeu:
Judas, podes ficar, esse dinheiro é teu,
O ouro da traição, pertence ao traidor,
Como o riso à inocência e como o aroma à flor,
Este ouro será para ti o eterno pesadelo,
Guarda-o, guarda-o bem que quero derretê-lo
E, lançar-to, depois, cáustico, vivo, ardente,
Lançar-to gota a gota, inexoravelmente.
Em cima da consciência, a pútrida, a execrável

Com ele hei de fundir a algema inquebrantável
A grilheta que a tua esquálida memória, trará, arrastará pelas galés da história
Durante a eternidade, ilimitada e calma
Esta bolsa que aí tens, será o cancro de tua alma,
Já se agarrou a ti, ligou-se ao criminoso,
como a lepra nojenta ao corpo do leproso
como o imã ao ferro e o verme à podridão,
não conseguirás jamais lançá-la da tua mão.
És traidor, hipócrita, assassino, perjuro

Tua alma lançada em cima de um monturo
É o que há de mais vil,
Desde o ventre do sapo, à barba do réptil.
Sai da existência, diz à sombra que te açoite,

Verme procura a paz, monstro procura a noite.
Que sol não veja mais um único momento,
O teu olhar oblíquo e o teu perfil nojento.
Esse crime, bandido, é um crime que profana
Todas as grandes leis da consciência humana, todas as grandes leis da vida universal.
Esconde-te na morte como um chacal.
Adeus! Causas-me nojo e asco,

Deixe dentro de ti Judas,
O teu carrasco.
Adeus, já brilha o astro matutino

E eu, caçador feroz cumprindo o meu destino,
Continuarei a caçar os javalis nos matos
E dito isto, partiu a procurar Pilatos.
Vinha rompendo ao longe a fresca madrugada,

Judas ficando só, meteu-se pela estrada, 
Caminhando ligeiro, impávido e terrível,
Comum um homem que leva um fim imprescritível.
De repente estacou, uma ideia qualquer heróica e sobranceira,

Havia uma figueira
Projetando na estrada a larga sombra escura,
Judas desenrolando a corda da cintura,
Subi, atou-a a um ramo vigoroso,
Neste instante o seu olhar odioso,
Tinha um brilha adamantino,
Reto como um juiz e forte como um destino.
Neste instante ecoou através do negro céu profundo,

A voz celestial de Jesus moribundo
Que lhe disse: traidor, concedo-te o perdão,
Além de meu carrasco, és ainda meu irmão
Pregaste-me na Cruz, és o mesmo, fica em paz,
Eu costumo esquecer o mal que alguém me faz.
Esses golpes cruéis, essas horríveis dores

As chagas para mim são outras tantas flores,
Não te cause espanto o meu atroz suplício,
Eu tenho como bem vês até prazer no sacrifício.
Judas contemplou ao longe, o cerro do Calvário

E erguendo-se viril, soberbo e extraordinário
Exclamou: não aceito a tua compaixão,
A justiça dos bons, consiste no perdão,
Um justo não perdoa, a justiça é implacável,
A minha ação é infame e miserável.
Vendi-te aos fariseus

Pois bem sendo eu um monstro e tu um Deus,
Vais ver como este monstro o pobre Cristo nu,
É mais forte do que Deus
E mais justo do que tu
À tua Justiça humanitária e doce,

Eu prefiro o dever terrível,
E enforcou-se!







Ribamar Ramos
Boa noite / Bom dia
Itapajé/Fortaleza
29 de agosto de 2012

domingo, 26 de agosto de 2012

Domingo, dia de descanso? Não! Pelo contrário, para alguns, dia de reflexão! Hoje vou transcrever uma das máximas do "velho" e "atual" Sócrates! Acredito ser a mais coerente expressão do momento em que a linda, acolhedora e progressiva cidade Itapajé vivencia!. 
Os amigos deste Blog devem ter notado Que NUNCA, em momento algum deixei de "honrar" meu compromisso com à História de Itapajé, assim, sempre farei!". O fato de provocar "O poster" no blog de Itapajé, foi o fato de ser eu, "convocado - até forçado" - para ´arrumar, dar uma organização mínima ao meu ´cafofo´, somente visitado pela minha amada, /socorro Dutra, no máximo por duas vezes ao mês!. Inicialmente, ou forçosamente, obedeci a determinada e opressora ordem. Iniciei a difícil missão exigida.
Fico feliz em ter encontrado um texto, que aqui reproduzo, em sua íntegra. Agradeço a Dona Socorro, pela determinação e ´ordem´. Na bagunça reinante no mesmo, encontrei um documento que me chamou à atenção!  Fico feliz por haver encontrado um impresso em que relatava à estória do velho Sócrates, não o jogador, também um sábio, no exercício da profissão de futebolista. O texto resgatado é de Sócrates - Filósofo e Sábio grego. vejam abaixo: 

O VELHO E SEMPRE  ATUAL... SÓCRATES

Certo dia, alguém veio ao encontro de Sócrates para falar-lhe de um
amigo. E começou dizendo: "Imagine, Sócrates, o que seu amigo fez. Preciso
contar-lhe antes que você saiba pelos outros."
"Pára", disse-lhe Sócrates. "O que você quer me comunicar já passou
pelo crivo das três peneiras?"
"Que três peneiras são essas, o que elas têm a ver com aquilo que
quero dizer-lhe?"
Sócrates então, propôs passar aquilo que o interlocutor queria contar
pela primeira peneira: A DA VERDADE.
"Vamos ver se passa pela primeira. Você averiguou, se tudo o que você
quer dizer corresponde à verdade? Está comprovado? É verdadeiro?"
"Não, respondeu o outro. "Eu só ouvi dizer. O pessoal disse..."
"Você só ouviu dizer? "Espantou-se Sócrates. Mas agora vamos ver a
segunda peneira: A DA BONDADE, continuou o filósofo: "Aquilo que você quer
me contar - e que não foi comprovado ainda - ao menos é BOM?
"Bom não é. Pelo contrário. Ele fez...! "Então, retrucou
imediatamente Sócrates, aquilo que não é comprovado e nem bom. Vamos por
último ver se ao menos passa pela terceira peneira: A DA NECESSIDADE. Será
que aquilo que te preocupas é tão necessário?"
"Necessário também não é", disse o outro, "mas..."
Sócrates sorriu sabiamente e disse: "Se aquilo que você quer contar a
respeito de meu amigo não é VERDADE, nem BOM e muito menos
NECESSÁRIO, então enterre e esqueça para que não ENVENENE a mim
e a você mesmo." 

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

No dia 16 de agosto de 2012 fiz uma série de fotos, que ao meu ver são bastante diferentes das outra já obtidas. Naquele dia, sábado,  resolvi fotografar nossa Itapajé, do alto. Contando com o apoio do amigo Moacir, funcionário do grupo Eloi Castro tive acesso, a partir do cimo de um prédio de Itapajé e, de lá fotografei nossa cidade, de um ângulo bem diferente. Confiram!


























































































































































Até uma próxima postagem, aqui no blog e no meu facebook: ribas ramos