sábado, 23 de março de 2013



RUFINO PINTO DE SOUSA
FINOCA
Em 9 de julho de 2000, domingo de sol abrasador, típico do nosso nordeste. O momento, a exemplo de hoje, 2012, antecedia mais uma disputa política. Mais um ano de eleição! Parti de minha casa, ao encontro de meu amigo Thiago, neto de Finoca e amigo do peito, de meu filho Paulo Tadeu. O meu objetivo naquele dia, como já o fizera em muitos outros era entrevistar, conversar mais intimamente com mais um dos muitos filhos de Itapajé. Munido de um pequeno gravador de áudio, fita cassete. Meu objetivo era “explorar” meu amigo Finoca.
Ao chegarmos à casa de Rufino Pinto de Sousa. Fomos fraternalmente, eu e seu neto Thiago recebidos com a característica amabilidade de Finoca. Sem saber de meus objetivos e convalescente de uma cirurgia que se submetera algumas semanas antes. Convida-me a sentar e, como todo “homem do sertão” manda servir um cafezinho. Justifico minha visita e, de imediato, começamos nossa entrevista, que ultrapassou à uma hora, quase 90 minutos.
Como sempre faça pedi que fizesse uma retrospectiva genealógica. Disse-me ser filho de Joaquim Pereira de Sousa e Maria da Natividade Pinto, pais de onze filhos. Naquele tempo, quando de seu nascimento era muito comum as famílias serem numerosas, a de Joaquim não fugia à regra. Joaquim seu pai era filho de José Pereira, residente no Sítio Saco do Vento. Joaquim, no entanto, morava no Sítio Ferros, ambas as localidades próximas da sede da então São Francisco da Uruburetama. Lembrou da existência de um majestoso “PE de Juazeiro” que fora plantado pelo um ex-escravo de nome Birra, por isso a árvores era conhecida pelo nome de: O Juazeiro do Birra, recentemente abatido para dar lugar a uma casa.
Da união do casal (pais de Finoca) nasceram pela ordem: Raimundo Pinto de Sousa; Rufino Pinto de Sousa – Finoca; José Pinto de Sousa; Isabel Pinto de Sousa; Maria Sofia Pinto de Sousa; Raimunda Pinto de Sousa; Francisco Pinto de Sousa; Manoel Pinto de Sousa; Benilde Pinto de Sousa e finalmente, Vicente Paulo de Sousa – Paulinho do Finoca. Eu, particularmente sabia que o último, Vicente Paulo era irmão, não filho de Finoca, no entanto, muitos, ainda hoje pensam que Paulinho ser filho, não irmão de Finoca.
Com a avançada idade de Joaquim, Finoca, o segundo filho, assume a função de auxiliar no acompanhamento da criação de seus irmãos, uma espécie de “Tutor”, principal responsável pelo acompanhamento da grande família. Ao relatar esses momentos, por diversas vezes, com a voz cheia de emoção, quase chorando falava das dificuldades que surgiam constantemente. A nova função de cooperador, no acompanhamento da família tirara-lhe muitos dos anos de sua juventude. Diz-me que “Não tive juventude. Pulei essa fase”. Falou também, com certa vaidade, que a sua irmã caçula Benilde conseguira ser “Doutora”. Paulo, o mais novo, optou por não imitar a irmã.
Finoca casou em 1953, com idade avançada, para a época, com Maria Eucia Barreto de Sousa, filha de Rufino Rodrigues Barreto e de Maria Edite Pinto Barreto – seu avô paterno era João Francisco Barreto e Maria da Natividade Barreto. Da união do casal nasceram 8 filhos: Francisco, Joaquim, Mônica, Cláudia, Ana Cristina, Antonio Gilmar e Rufino Filho, o caçula. A lucidez e memória pródiga de Finoca me chamaram à atenção. Lembrou até que dois filhos “não vingaram – dois abortos espontâneos”. Incrível como Finoca, quando interrompido em uma resposta, sempre retornava para o primeiro assunto.
Em dado momento, dona Eucia participa de “nosso papo”, simpática e afável, lembra que o grande número de filhos, se devia ao fato de ser “pecado” fazer controle de natalidade. “Todos meus filhos foram presentes que Deus mim deu”. Tento instigar o velho amigo, assim o trato por ser agradecido por receber de Finoca um tratamento carinhoso e amigável. Pergunto-lhe: “Amigo Finoca, o que você acha dos tempos atuais? Hoje é melhor ou pior que antigamente? Finoca prontamente responde: “Antigamente a coisa era muito mais ruim do que hoje, aqui em Itapajé, todo sábado se matava uma pessoa!”. Lembrei que 16 anos antes fizera a mesma pergunta ao Zezé Chaves, de saudosa memória e a resposta foi semelhante a do amigo Finoca.
Ao ser instigado para revelar, em sua opinião, qual o pior governante que conhecera em Itapajé, “saiu de fininho”, a fineza de Finoca não permitia fazer um comentário que denegrisse a honra e a memória de alguém. Optou em dizer que o melhor e mais simpático foi sem a menor duvida, o “Seu Raimundinho Vieira”, respondeu enfaticamente. No entanto, acrescentou ainda: “Itapajé é um celeiro de homens honrados e de bem!” Lembrou que Neutel foi um grande líder e mais recentemente lembra do Sr. Vitalino Rodrigues Peixe, Luis Forte e Batista Braga, sendo que este último foi um bom amigo, entre outros. Evito aqui, propositadamente, evidenciar alguns momentos políticos vivenciados e testemunhados por Finoca em Itapajé. Na entrevista revelou fatos bastante curiosos, em especial no que se referia à politicagem, que sempre existiu por aqui. Diversas famílias se envolveram em episódios que não são, de maneira alguma, dignificantes.
Perguntado sobre o que Itapajé mais precisa para se desenvolver. Prontamente afirma que “Precisamos que se construa o açude IPU”. O sonho da construção do açude é bem antigo. Felizmente está em execução. Após 1:25 minutos resolvo liberar meu amigo Finoca para que o mesmo fosse almoçar. Ele delicadamente afirma que o papo estava muito bom e não havia necessidade de pressa. Resolvo fazer um “bate bola”. Faço diversas perguntas, no entanto, a que me chamou a atenção foi que se referia aos seus maiores amigos: Ossian e Esmerino Gomes.
Bem, transcrever e resumir uma entrevista de quase 90 minutos, a ponto de não ficar enfadonho. Fico por aqui. Saudade e respeito ao meu amigo RUFINO PINTO DE SOUSA – FINOCA. Que Deus o tenha entre seus eleitos. Até um dia, caro amigo. Que Deus lhe abençoe!
FRASE DO DIA
“Concedei-nos Senhor, Serenidade necessária, para aceitar as coisas que não podemos modificar, Coragem para modificar aquelas que podemos e Sabedoria para distinguir umas das outras”. Reihold Niebuhr - (Teólogo americano - 21-06-1892 / 01-06-1971).
TEXTO PARA REFLETIR
A verdadeira amizade
Você já parou para pensar sobre o que é a verdadeira amizade?
A palavra amigo é usada de maneira muito ampla pela maioria de nós.
Apresentamos como amigos os colegas de escola ou de faculdade; os colegas de trabalho, os amigos que conosco praticam esporte, ou aqueles com quem nos relacionamos em várias atividades.
E é bom que assim seja, pois ao chamarmos de amigos, de alguma forma os aceitamos, e passamos a tentar conviver bem com eles.
Mas será que esses são os nossos verdadeiros amigos? Será que nós somos os verdadeiros amigos dessas pessoas?
Nossos verdadeiros amigos têm uma real conexão conosco. São aqueles que realmente gostam de nós e de quem nós gostamos verdadeiramente.
O verdadeiro amigo nos aceita como somos, mas não deixa de nos dar conselhos para que mudemos, sempre para melhor. E nós aceitamos esses conselhos porque sabemos que vêm de quem se importa conosco.
O verdadeiro amigo se alegra com nossas alegrias, com nossos sucessos, e torce pela realização de nossos sonhos.
O verdadeiro amigo preocupa-se quando estamos tristes e, frente a situações difíceis para nós, está sempre disposto a ajudar.
O verdadeiro amigo não precisa estar presente em nossas vidas todos os dias, mas sabemos que está ao nosso alcance quando sentirmos saudades, quando quisermos saber se ele está bem, ou quando precisarmos dele.
Distâncias não encerram amizades sólidas, em uma época onde a comunicação é tão fácil. Mas, mesmo sem um contato constante, o sentimento de afeto não se abala.
É do livro O pequeno príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, a famosa frase: Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
Se cativamos um amigo, então somos responsáveis por essa amizade. Devemos saber retribuir as atenções e o carinho recebidos, com a mesma dedicação.
Afinal, a real amizade é como uma estrada de duas mãos: nos dois sentidos os sentimentos são semelhantes.
Com o verdadeiro amigo temos a chance de praticar o real amor para com o próximo, ainda tão difícil de praticar com todos, como Jesus recomendou.
Temos a chance de praticar o perdão, pois nosso caro amigo tem o direito de errar como qualquer ser humano o tem. E, se errar conosco, que o perdoemos, pois amanhã talvez sejamos nós a pedir perdão.
Jesus e Seus apóstolos formaram um grupo de dedicados amigos. Muitos deles, sem se conhecerem previamente, desenvolveram, naqueles curtos três anos da pregação do Mestre, uma amizade que duraria até o fim de suas vidas.
Quando, após a morte de Jesus, se viram aparentemente sozinhos, ajudaram-se mutuamente, deram forças uns aos outros para a dura missão que teriam pela frente.
Amigos são verdadeiros presentes que Deus nos dá. Muitas vezes são antigos companheiros de jornada que reencontramos, para que continuemos juntos, nos apoiando nesta nova caminhada.
Não busquemos quantidade, mas, sim, a qualidade, certos de que a verdadeira amizade deve ser cultivada e cuidada como algo de real valor em nossa vida, algo que não nos pode ser tirado, e que levaremos conosco eternamente.
( Redação do Momento Espírita).
Ribamar Ramos
Bom dia / Boa noite

terça-feira, 5 de março de 2013

VISTAS DE ITAPAJÉ 
(Santa Cruz e outras)



VIAGEM ICONOGRÁFICA, PELA HISTÓRIA DE ITAPAJÉ
Construção Açude Jerimum


DISTRITO DE SANTA CRUZ
Centro do Distrito de Santa Cruz
Interior Igreja de Nossa Senhora da Penha - Santa Cruz
Igreja de N. S. da Penha - Santa Cruz - Vista externa
Lápides - Túmulos de JÚLIO PINHEIRO BASTOS e Dona MIMOSA
(Pátio externo da Capela de Nossa Senhora da Penha - Santa Cruz)
Lápides - Túmulos de JÚLIO PINHEIRO BASTOS e Dona MIMOSA
(Pátio externo da Capela de Nossa Senhora da Penha - Santa Cruz)

Interior Igreja de Nossa Senhora da Penha - Santa Cruz
Lápides - Túmulos de JÚLIO PINHEIRO BASTOS e Dona MIMOSA
(Pátio externo da Capela de Nossa Senhora da Penha - Santa Cruz)
Interior Igreja de Nossa Senhora da Penha - Santa Cruz
Interior Igreja de Nossa Senhora da Penha - Santa Cruz
Vista do Distrito de Santa Cruz
Interior Igreja de Nossa Senhora da Penha - Santa Cruz

Vista do Distrito de Santa Cruz
Vista do Distrito de Santa Cruz

Vista do Distrito de Santa Cruz


CONSTRUÇÃO AÇUDE JERIMUM
Placa da Inauguração do Açude Jerimum

Capela de Santa Cruz

Vista do Distrito de Santa Cruz

VISTAS E EVENTOS EM IRATINGA
 Capela de São Miguel

 Residência da Família Vieira

 Residência da Família Vieira

 Interior da capela de São Miguel

 Interior da capela de São Miguel

 Interior da capela de São Miguel

 Capela de São Miguel

DESFILE CÍVICO
(7 setembro 2012)














Solenidade Açude Jerimum - Ordem de Serviço

Solenidade Açude Jerimum - Inauguração

Solenidade Açude Jerimum - Inauguração

Início construção Açude Jerimum

Início construção Açude Jerimum

Campo Kamadeira - Bairro Esmerino Gomes - Década de 1990

Campo Kamadeira - Bairro Esmerino Gomes - Década de 1990









Construção Pracinha do Açude

Construção Pracinha do Açude

Construção Pracinha do Açude

Construção Pracinha do Açude
Construção Pracinha do Açude

Construção Pracinha do Açude

VISTA DA SEDE DE ITAPAJÉ





 AÇUDE LAGOA




BR 222 - Rua Major Barreto (Av. Osmar Bastos)

Rua Major Barreto - Década de 1990

Rua Major Barreto - Década de 1990

Av. Osmar Bastos
  Av. Osmar Bastos
  Av. Osmar Bastos
  Av. Osmar Bastos
  Av. Osmar Bastos
 Av. Osmar Bastos

Por hoje, 21 de abril de 2015 - Segunda feira - É o que tenho para contribuir, mesmo que modestamente, para um melhor conhecimento de nossa Rica História. Hoje, com fotos de Iratinga, Santa Cruz e do Centro da cidade. Nossos conterrâneos precisam conhecer melhor seus filhos ilustres e os principais fatos, a fim de melhor conhecer nossa História.
Na nossa "Viagem Iconográfica" de hoje fazemos um retorno, a um passado recente. Quando de minha última estadia em Itapajé, consegui documentar, fotograficamente, a evolução da evolução da cidade. Ao final do período havia obtido, milhares de fotos, das quais, algumas são postadas hoje. Acredite: É possível tornar a História de Itapajé mais conhecida, principalmente por seus filhos, a fim de mostrá-la ao mundo! Basta não desistir!!!". (Ribamar Ramos). 

Fotos: Blog da História de Itapajé – www.itapagece.blogspt.com.br – (© Ribamar Ramos - FACEBOOK: Ribas Ramos) e algumas fotos de acervo (divulgadas na internet)

PENSE NISSO....
"Que nada de falso seja dito, nada de verdadeiro seja omitido, nada de suspeito seja escrito e nada seja simulado". Cícero.




"Quanto a mim escrevo até este ponto; o que depois se passou, talvez outro queira tratá-lo". (Xenofonte).

                                                                                                                 Ribamar Ramos                                                                                                     Fortaleza 21  de abril de 2015
Boa Noite / Bom Dia