segunda-feira, 27 de maio de 2013


DIA 27 DE MAIO NA HISTÓRIA DE ITAPAJÉ

·     No dia 27 de maio de 1897 – Quinta feira. Nasceu Joana Barreto da Fonseca, casada com José Rodrigues da Fonseca (nascido em 11 de fevereiro de 1886 e falecido em 11/02/1979. Da união do casal nasceram, dentre outros os seguintes filhos: José e Manoel Barreto da Fonseca, patriarcas de tradicional família de Itapajé. Joana faleceu em 23 de maio de 1979.

§  Pela Lei municipal n.º 1221 de 27 de maio de 1993 – Determina o funcionamento de farmácias, em regime de rodízio, por 24 horas. (Prefeito: Cristóvão Cruz).

§  Pela Lei municipal n.º 1222 de 27 de maio de 1993 – Considera de Utilidade Pública as Associações dos Moradores das localidades de: Pedra D´água e Associação dos Moradores da localidade Sítio São Pedro. – (Cristóvão Cruz).

§  27 de maio 2000 - Sábado. Realiza-se mais uma Festa do Milho, evento costumeiramente promovido pelo Centro Educacional São Francisco de Assis. A animação esteve por conta da Banda Painel de Controle, encerrando nove dias de promoções, com Festival de Calouros em 19 de maio; em 20 de maio, Festa dos Universitários; 21 de maio, Manhã recreativa na piscina do colégio, com a escolha da Rainha das Flores; em 22 de maio, Festival de Dança – Equipe do Colégio, Grupos Locais; 23 de maio, Desfile de Moda, pelos alunos do Colégio; 24 de maio, Apresentações Folclóricas da região, com a participação especial do Grupo Demócrito Rocha de Fortaleza; 25 de maio, Seresta Dançante; 26 de maio, Torneio de Futsal sub 16 e, finalmente dia 27 de maio, escolha da Mini e Midi Rainha do Milho 2000, no final da programação do dia, escolha da Rainha do Milho e sorteio de prêmios ofertados pela comunidade. Cabe relevar o grande trabalho efetivado pelo Professor Francisco Eudes Magalhães e de sua excelente equipe de apoio.


PARA REFLETIR

“Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver”. Dalai Lama

Ribamar Ramos
Fortaleza 27 de maio de  2012
Boa noite / Bom dia


domingo, 19 de maio de 2013


PAULO VIEIRA DE MESQUITA

19 de maio de 2013: Aniversário de Saudade!
(19 de maio 1987 – 09/07/1937)




Neste 19 de maio de 2013, mais uma vez nossa homenagem a um Ilustre filho de Itapajé: PAULO VIEIRA DE MESQUITA. Estou reeditando a postagem feito em 1 de junho de 2012, na qual lembrei diversos fatos bizarro e, principalmente, históricos de nossa Itapajé, relatados por Paulo Vieira, quando um dos integrantes do sensacional Jornal da década de 1980: FOLHA DE ITAPAJÉ.
Naquele dia primeiro de junho de 2012 lembrávamos de diversos "causos" contados naquele veículo de comunicação (e oposição ao prefeito da época). Retomemos nossas lembranças! Vejamos nosso antigo futebol, pelo prisma do do "Grande Paulo".
Gostaria de esclarecer que tenho em meu poder, (uma pequena hemeroteca em minha modesta biblioteca), muitos exemplares da Folha de Itapajé e de outras publicações locais, bem como de alguns outros jornais importantes do Ceará. Portanto, os textos abaixo são transcrições “ipsis litteris” da matéria, ora apresentada. 
Em tempo: Paulo era filho de  Antonio Custódio de Mesquita, casado com Francisca Saraiva Vieira de Mesquita. Foi o primeiro Tabelião da pequena São Miguel - atual Iratinga. Sr. Custódio, além de Tabelião, líder político e benemérito de Itapajé e Iratinga, onde residia era genitor de: Ivone, casada com Osmar Bastos; Paulo Vieira de Mesquita, advogado, contador de   “causos” e líder político de Itapajé e Iratinga e da professora Ite, renomada mestra. Nasceu em 4 de agosto de 1901. faleceu em 30 de maio de 1977. Paulo Vieira contribuiu também com a adptação do Hino de Itapajé, como veremos abaixo. Tanto em vida, quanto no pós morte recebe muitas homenagens em sua Terra Natal. Um grande bairro recebeu sue nome: Bairro Paulo Vieira - antigo Bairro da Piçarra.




HINO DE ITAPAJÉ – É na realidade uma adaptação do hino do Centenário de Emancipação Política – 1859-1959. A letra é de autoria do Padre Raimundo Pinto e a música de autoria do Padre José Mourão. Os responsáveis pela adaptação, para transformar o Hino do Centenário em Hino de Itapajé, foram a Sra. Eida Leite Louzada e Sr. Paulo Vieira de Mesquita.

HINO DE ITAPAJÉ

Letra: Pe. Raimundo Pinto
Música: Pe. José Mourão
Adaptação: Eida Leite Lousada e Paulo Vieira de Mesquita

1.     Esta terra formosa e feliz
Encravada entre rochedos mil
no trabalho afanoso ela quis
ser a glória do nosso Brasil.

       ESTRIBILHO

Itapajé, a princesa serrana
do  progresso se fez pioneira
sob as vistas do monge lendário
hoje, em festa. De luz se engalana
e, exultante, feliz altaneira
canta um hino num belo cenário. 

2.     Recostado na serra bendita,
Qual vigia zeloso e valente,
Reza um frade de pedra e medita
Nos destinos da mais brava gente.

3.     Do trabalho, honradez e altruismo
A comarca tornou-se um exemplo
E seu povo, padrão de civismo,
De virtudes cristãs fez um templo.

4.     Grandes filhos já deu esta terra
Ao comércio, à ciência e à Igreja
Cuja vida é um livro que encerra
Um programa de ação benfazeja.

5.     A cidade, coberta de glórias-
Emanadas de rude labor
Parte agora pra novas vitórias
sob  as bênçãos de paz do Senhor.


NOSSO (ANTIGO) FUTEBOL
(Folha de Itapajé Ano II – n.º 9 – maio/junho 1984 – por Paulo Vieira)
“Hoje chegou a vez do Futebol. Dos times, das seleções, dos torcedores, dos cartolas. Não cheguei a conhecer o time dos anos 40, por motivos óbvios, embora alguém diga que na época eu já era veterano. Mas, em conversa com o Heliodoro, o grande “Keeper” do passado, ele me afirma que poucos foram tão oportunistas como Zezé Chaves, e seu chapéu na mão, ou tão seguros como o Jonas Grande. Eu acrescento um que vi no final de carreira, mas era um verdadeiro estilista: Viradinha. Craque de bola cheia. Itapajé teve várias etapas do esporte. O Intermunicipal, patrocinado pela APCDEC, sempre influenciou na formação de uma boa equipe de futebol. Nos intervalos, a carga de segurar a barra ficava por conta de Manuel Félix Coelho, o popular Rebeca, que sucedeu ao Orleans (Pinto de Mesquita), neste mister. Cada ano, saíamos com o Rebeca por este mundo afora, ora com o nome de Mamulengo, Ouro Branco ou Cruzeiro, feito mulher de malandro: Tanto a gente apanhava, como davam na gente. Mas, era bom. Tinha meu lugar cativo na boléia do caminhão, quase sempre do Dedé, juntamente com um goleiro, que se a memória não me falha era um tal de Neto, (José Sebastião Neto, advogado) conhecido carinhosamente  por Zé Negão. Saíamos de madrugada, às vezes de ressaca, a embaixada formada às pressas, pois a resposta do oficio do presidente - Rebeca, chegara na véspera. Um capítulo à parte era o ofício do compadre Rebeca. Sinceramente, nunca vi outros tão bem feitos. Diz nosso Dr. Sebastião Neto que aprendeu a fazer ofícios com o Rebeca. E toca a lembrar os trios finais: Cãozinho, Budo e Castelo; Batatais, Peixe e Orleans; Hélio, Peixe e Orleans, Neto, Dedinho e Vieira. As grandes intermediárias: Sapateiro, Antonino e Joaquim; Pangueta, Virada e Nonato; Macau, Paulinho e João Sura; Jonas, Tiano e Defesa. Os ataques, que vamos deixar para outra oportunidade e citaremos, apenas alguns atacantes, como: Renato, Mocó, Orleans, no início da carreira, Chico Ávila, Zé Pereira, Raimundo Job, e muitos outros. Agora uma estorinha. Fizemos grandes temporadas em Monsenhor Tabosa. Certa vez, depois do primeiro jogo, houve uma festa no Mussambê Clube. Orleans se excedeu na bebida, e capotou na casa onde estávamos hospedados. Manhã do dia da festa do padroeiro, S. Sebastião, Rebeca e Mocó, que não tinham ido à festa dançante, levantaram cedo, compraram velas, conseguiram flores, pegaram a rede com o Orleans, estenderam sobre uma mesa, acenderam as velas, abriram as portas e janelas e começaram a chorar. O povo passando prá missa ia ficando, se aglomerando e lamentando: Coitado do rapaz, veio de tão longe só prá morrer, aqui. E quando a turma já se preparava para correr a lista de cooperação para o enterro, o defunto acordou. Foi um corre-corre dos diabos. Mulheres gritando, meninos correndo, um acontecimento. Nunca me es­queci. Sinal dos tempos."


NOSSO (ANTIGO) FUTEBOL (II)
(Folha de Itapajé Ano II – n.º 9 – maio/junho 1984 por Paulo Vieira)

Como disse, vamos continuar com o desfile dos craques de Itapajé, de todos os tempos. Agora é a vez dos atacantes, das linhas de frente famosas. Dizem os mais antigos que ligeiro igual ao Abdon, era difícil. Ainda alcancei o Chicó, na ponta esquerda, compondo com Nonato, João do Bita, Renato e Orleans, uma linha de respeito. E o mestre Silas? Este sabia jogar em qualquer posição. Seu irmão Oscar, o Carioca também tinha muita categoria. Formou com Napoleão, Mocó, Tim, e Luis Diano outro ataque fortíssimo principalmente, quando contava com Agerson, e mais tarde com a revelação do S. Miguel, um magrelo chamado Paulo, ou Paulinho, não lembro bem. Mas, outros craques fazem igualmente a história do futebol Itapajéense: o Cora, batizado de “Meu Pai” pelo Padre Evaristo, jogou no Humaitá, lá dos Ferros; ao lado do Piau, Manuel Sereia, e do meu compadre Coe­lho. Cora, era um ponta rapidíssimo, de muita raça que se concentrava tomando cachaça, e cujos irmãos; também jogavam: Quina, que depois largou a bola pa­ra subir em coqueiro, e o Chico ou Pedro do Lino. Meu compadre Rebeca, também andou brincando pela ponta. No S. Miguel dois avantes mereceriam, hoje posição certa na seleção: Chico Tripa e o Ica. Mas prá cá; década de 60, Zé Augusto e Mambira, foram dois pontas da pesada. E vem Pereira, Zé Ventinha; Chico Ávila e Dedinho, jogando com um pedaço de rapadura no bolso do calção, sem errar um centro, ou um cruzamento. Num tempo, de muitos times: Monte Castelo, Cruzeiro do Sul, Botafogo, do mestre Janga, o só de mal, do São Joaquim, que tinha um cara chamado Vande e os irmãos Vieira: Chico, Jerônimo e Antonio Vieira. O lpiranga; o Ajato e o Bangu do Valdomiro - ­anos mais recentes. No Retiro, hoje Caxitoré, grande rival do S. Miguel, despontavam os irmãos Chico, Zé Estevão, Mota, Raimundo e Roque, quase o time todo e onde o de fora s6 podia fazer gol, depois que o Retiro fizesse ao menos um. Esqueci, no SÓ DE MAL de citar um estilista de nome ou apelido no mínimo pretensioso: Pomposo, reforço certo do S. Miguel. Tempos de grandes jogos, como aquele pelo Intermunicipal  contra Caucaia. Quando a tabela indicou que Itapajé pegaria Caucaia, foi um rebuliço. desta vez não iria acontecer como em 55. Agora Itapajé tem uma seleção! E chega a hora do jogo. Na preleção fui avisado pelo Ávila. Rapaz, o homem vai te tirar do time.  E  tirou mesmo.  Trinta minutos do segundo tempo, o placar assinalava: Caucaia 3x1 Itapajé. Aí aconteceu! Em dois lances seguidos; idênticos, com toda aquela categoria que Deus lhe deu, os dribles curtos e secos, a paradinha, o quebra no goleiro, a finalização com um leve toque, e o empate com sabor de vitória que veio, uma semana depois dentro de Caucaia. Mas foi o empate, conseguido graças a habilidade individual de C. Ávila, o jogo ficou na cabeça do torcedor. Jogo no qual eu não atuei e era até aquele dia o capitão da equipe Acusado de ter dançado na véspera, quando recebi o diploma da 4.ª série, fui sacado do time. Logo eu que não tinha tomado nenhuma, e só dei uma duas voltinhas, traçando o MOENDO CAFÉ porque o Orleans passou mangando, e eu precisava mostrar um passo novo, que aprendi no Guarany. Disciplina, minha gente, também é sinal dos tempos.”

Ribamar Ramos       
19 de maio de 2013     
Bom Dia / Boa noite!    


FRASE DO DIA

“O historiador e o poeta não se distinguem um do outro pelo fato de o primeiro escrever em prosa e o segundo em verso. Diferem entre si, porque um escreveu o que aconteceu e o outro o que poderia ter acontecido”. Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.)

Aproveitem para visitar o álbum de fotos de Itapajé, no meu Face: ribas ramos.

sexta-feira, 17 de maio de 2013



EFEMÉRIDES, CURIOSIDADES E FATOS HISTÓRICOS DE ITAPAJÉ - "DIA 17 DE MAIO"


NASCIMENTO:
17 de maio de 1878 – Sexta feira. Nasce Bolívar Alves Carneiro, casado com Maria Otília Sales Lima (Maroca), nascida em 12 de outubro de 1888 e falecida em 10 de abril de 1979, filha de Francisco Pereira Lima e de Ana Maria de Sales Lima. Foi Vereador em 1924. Faleceu em 02 de fevereiro de 1925.

CURIOSIDADES HISTÓRICAS:
CORREIOS
No ano de 1959, segundo o livro de Aristóteles Alves Carneiro, chamava-se: Agência Postal Telegráfica do D.C.T. – (nota: DCT – Departamento de Correios e Telégrafos). Muito tempo depois, não se tem a data precisa, passa a funcionar na atual sede, na Rua Major Joaquim Alexandre. No ano de 1971, na gestão do prefeito Roque Silva Mota, sanciona a Lei n.º 672, de 17 de maio de 1971, na qual transferia para a União, em definitivo, a posse do terreno onde fora construído a sede, já em funcionamento. Na década de 90, a velha sede é, mais uma vez, reformada para a implantação de novos equipamentos, atendendo aos avanços tecnológicos. Mais uma vez, agora no final do ano 2000 pass por nova reforma, para à implantação de um novo sistema de controle computadorizado.

Lei n.º 809 de 17 de maio de 1973 – Quinta feira. Por essa lei é fixado o subsídio do prefeito para o exercício de 1973, estipulado no valor de Cr$ 1.000,00 - mensais.

 PEQUENO OBITUÁRIO
 17 de maio de 1978 – Quarta feira. Nessa data falece em Itapajé, José Paulino Queirós Bastos – Zé Bastos Pezão, patriarca de grande e ilustre família de Itapajé, era filho de Luís Gonzaga Luís Gonzaga de Araújo Bastos (27-08-1910 / 27-07-1989) e Aglais Pinheiro Bastos (11-02-1916/ 07-11-1991). José Paulino Queirós Bastos – Zé Bastos Pezão nasceu em 15/11/1912.

17 de maio de 1979 – Quinta feira. Falece Antônio Neves Pinto -casado com D. Lídia Neves. Nasceu em 12 de novembro de 1899.

17 de maio de 1979 – Quinta Feira. Falece Deusdedit Rocha Matos. Nasceu em 21/12/1925.


FRASE DO DIA
“Há fatos históricos que a maior parte da população desconhece, e nem procura conhecer, quando alguém diz como realmente aconteceu é tido como louco, por essas e outras permanecem seguindo culturas primitivas”Cello Vieira


TEXTO PARA REFLEXÃO
O TEMPO

Um autor desconhecido escreveu certa vez que a Alegria, a Tristeza, a Vaidade, a Sabedoria, o Amor e Outros Sentimentos habitavam uma pequena ilha. Certo dia foi comunicado que essa ilha seria inundada.
Preocupado, o Amor cuidou para que todos os outros se salvassem, falando:
- Fujam todos, a ilha vai ser inundada.

Todos se apressaram a pegar seu barquinho para se abrigar em um morro bem alto, no continente. Só o amor não teve pressa. Quando percebeu que ia se afogar, correu a pedir ajuda.

Para a Riqueza apavorada, ele pediu: Riqueza, leve-me com você.

Ao que ela respondeu: Não posso, meu barco está cheio de ouro e prata e não tem lugar para você.

Passou então a Vaidade e ele disse: Dona Vaidade, leve-me com você...

Sinto muito, mas você vai sujar meu barco.

Em seguida, veio a Tristeza e o amor suplicou: Senhora Tristeza, posso ir com você?

Amor, estou tão triste que prefiro ir sozinha.

Passou a alegria, mas se encontrava tão alegre que nem ouviu o amor chamar por ela.

Então passou um barquinho, onde remava um senhor idoso, e ele disse:

Sobe, amor, que eu te levo.

O amor ficou tão feliz, que até se esqueceu de perguntar o nome do velhinho.

Chegando ao morro alto, onde já estavam os outros sentimentos, ele perguntou à sabedoria:

Dona Sabedoria, quem era o senhor que me amparou?

Ela respondeu: O TEMPO.

O tempo? Mas por que ele me trouxe aqui?

"Porque só o tempo é capaz de ajudar e entender um grande amor".


Dentre todos os dons que a Divindade concede ao homem, o tempo tem lugar especial. É ele que acalma as paixões indevidas, ensinando que tudo tem sua hora e local certo.
É ele que cicatriza as feridas das profundas dores, colocando o algodão anestesiante nas chagas abertas.
É o tempo que nos permite amadurecer, através do exercício sadio da reflexão, adquirindo ponderação e bom senso.
É o tempo que desenha marcas nas faces, espalha neve nos cabelos, leciona calma e paciência, quando o passo já se faz mais lento.
É o tempo que confirma as grandes verdades e destrói as falsidades, os valores ilusórios.
O tempo é, enfim, um grande mestre, que ensina sem pressa, aguarda um tanto mais e espera que cada um a sua vez, se disponha a crescer, servir e ser feliz.
E é o tempo, em verdade, que nos demonstra, no correr dos anos, que o verdadeiro amor supera a idade, a doença, a dificuldade, e permanece conosco para sempre.

Neste mundo, tudo tem a sua hora. Cada coisa tem o seu tempo. Há o tempo de nascer e o tempo de morrer. Tempo de plantar e de colher. Tempo de derrubar e de construir.

Há o tempo de se tornar triste e de se alegrar. Tempo de chorar e de sorrir. Tempo de espalhar pedras e de juntá-las. Tempo de abraçar e de se afastar.

“HÁ TEMPO DE CALAR E DE FALAR. HÁ O TEMPO DE GUERRA E O TEMPO DE PAZ. MAS SEMPRE É TEMPO DE AMAR”.

(Texto da Redação do Momento Espírita).
Pesquisa: Ribamar Ramos


Ribamar Ramos
Fortaleza, 17 de maio de 2013
Bom dia / Boa noite!



sábado, 11 de maio de 2013





MINHA MÃE

Minha mãe foi, com certeza, a mulher que mais profissões exerceu em toda sua longa vida, sem ter sequer concluído o curso fundamental.

Tudo que ela aprendeu foi nas primeiras quatro séries que cursou, quando criança. Contudo, era de uma sabedoria sem par.

Descobri que minha mãe era uma decoradora de grandes qualidades, à medida que eu crescia e observava que ela sempre tinha um local no melhor móvel da casa, para as pequenas coisas que fazíamos na escola, meu irmão e eu.

Em nossa casa, nunca faltou espaço para colocar os quadrinhos, os desenhos, os nossos ensaios de escultura em barro tosco.

Tudo, tudo ganhava um espaço privilegiado. E tudo ficava lindo, no lugar que ela colocava.

Descobri que minha mãe era uma diplomata, formada na melhor escola do mundo (nosso lar), todas as vezes que ela resolvia os pequenos conflitos entre meu irmão e eu.

Fosse a disputa pela bicicleta, pela bola, pelo último bocado de torta, de forma elegantemente diplomática ela conseguia resolver. E a solução, embora pudesse não agradar os dois, era sempre a mais viável, correta, honesta e ponderada.

Descobri que minha mãe era uma escritora de raro dom, quando eu precisava colocar no papel as ideias desencontradas de minha cabecinha infantil.

Ela me fazia dizer em voz alta as minhas ideias e depois ia me auxiliando a juntar as sílabas, compor as palavras, as frases, para que a redação saísse a contento.

Descobri que minha mãe era enfermeira, com menção honrosa, toda vez que meu irmão e eu nos machucávamos.

Ela lavava os joelhos ralados, as feridas abertas no roçar do arame farpado, no cair do muro, no estatelar-se no asfalto.

Depois, passava o produto antisséptico e sabia exatamente quando devia usar somente um pequeno band-aid, o curativo ou a faixa de gaze, o esparadrapo.

Descobri que minha mãe cursara a mais famosa Faculdade de Psicologia, quando ela conseguia, apenas com um olhar, descobrir a arte que tínhamos acabado de aprontar, o vaso que tínhamos quebrado.

E, depois, na adolescência, o namoro desatado, a frustração de um passeio que não deu certo, um desentendimento na escola.

Era uma analista perfeita. Sabia sentar-se e ouvir, ouvir e ouvir. Depois, buscava nos conduzir para um estado de espírito melhor, propondo algo que nos recompusesse o íntimo e refizesse o ânimo.

Era também pós-graduada em Teologia. Sua ciência a respeito de Deus transcendia o conteúdo de alguns livros existentes no mundo.

O seu era o ensino que nos mostrava a gota a cair da folha verde na manhã orvalhada e reconhecer no cristal puro, a presença de Deus.

Que nos apontava a fúria do temporal e dizia: Deus vela. Não se preocupem.

Que nos alertava a não arrancar as flores das campinas porque estávamos pisando no jardim de Deus. Um jardim que Ele nos cedera para nosso lazer, e que devíamos preservar.

Ah, sim. Ela era uma ecologista nata. E plantava flores e vegetais com o mesmo amor. Quando colhia as verduras para as nossas refeições, dizia: Não vamos recolher tudo. Deixemos um pouco para os passarinhos. Eles alegram o nosso dia e merecem o seu salário.

Também deixava uns morangos vermelhinhos bem à mostra no canteiro exuberante, para que eles pudessem saboreá-los.

Era sua forma de manifestar sua gratidão a Deus pelos Seus cuidados: alimentando as Suas criaturinhas.

Minha mãe, além de tudo, foi motorista particular. Não se cansava de ir e vir, várias vezes, de casa para a escola, para a biblioteca, para o dentista, para o médico, para o teatro e de volta para casa.

Também foi exímia cozinheira, arrumadeira, passadeira, babá. E tudo isto em tempo integral.

Como ela conseguia, eu não sei. Somente sei que agora ela está na Espiritualidade. E Deus, como recompensa, por tantas profissões desempenhadas na Terra, lhe deu uma missão muito, muito especial: a de anjo guardião dos filhos que ficaram na bendita escola terrena.

(Texto: Momento Espirita
Pesquisa: Ribamar Ramos)