segunda-feira, 30 de junho de 2014

TÚNEL DO TEMPO DA HISTÓRIA DE ITAPAJÉ

FATOS E EFEMÉRIDES DO DIA 30 DE JUNHO NA HISTÓRIA






30 de junho no “Túnel do Tempo” da História de Itapajé
(Alguns fatos e efemérides)

1774 - 30 de junho – Quinta feira. Nasce GONÇALO DE ANDRADE SAMPAIO, filho de João de Andrade Falheiros e Matilde da Rocha Furtado. Pai de nosso maior abolicionista, Francisco Felipe de Araújo Sampaio. Gonçalo era oficial do exército e defensor ferrenho do imperialismo. Envolveu-se no episódio da República do Equador, narrado no início deste livro. Faleceu em 19/03/1857.

1885 - 30 de junho – Quinta feira. Assume como Pároco, o quinto, na ordem cronológica, o reverendo Padre PEDRO CAVALCANTE ROCHA – (30/06/1885 a 1889). Natural da Paróquia de Aracatiaçu, precisamente da Vila Bilheira, - Sobral, em 18 de janeiro de 1858. Era filho de Mariano Cavalcante da Rocha e de Teresa Holanda Cavalcante Rocha foi o último sacerdote ordenado por Dom Luís Antônio dos Santos, 1.º Bispo do Ceará, 16 de janeiro de 1881. A provisão datada de 26 de junho de 1885 – sexta feira. Permaneceu nessa Paróquia até o final de 1888 (início de 89).
Vitima de uma desastrosa queda de uma escada, faleceu em Salvador a 12 de abril de 1927, com 69 anos de idade. Seus restos mortais foram trasladados para o Cemitério de Fortaleza a 12 de abril de 1939. Sacerdote de profunda vida espiritual foi exemplo de virtude e de amor a Igreja.

1903   -  30 de junho – terça feira. Nessa ata nasceu JOAQUIM LIRA MAGALHÃES. Patriarca de uma das mais ilustres famílias de Itapajé, era casado com Isabel Carneiro Lira - (02/11//1909 – 24/08/1994). Faleceu em 12 de dezembro de 1986.


1905   -  30 de junho – Sexta feira. Nessa data nasceu, em Itapajé, então São Francisco de Uruburetama, ANTÔNIO CAVALCANTE RIBEIRO. Casado Francisca Gerarda Viana – Fransquinha, nascida em 18 de novembro de 1917 e falecida em 20 de novembro de 2000.  Antonio Ribeiro era filho de Sebastião Barbosa Ribeiro, nascido em 20 de janeiro de 1864 e falecido em 8 de setembro de 1933. Exerceu, por diversas legislaturas, o mandato de vereador, representando o então distrito de Irauçuba. Homem de grande influência política, além ser grande conhecedor da História de Itapajé. Antônio Ribeiro, patriarca de ilustre família local, dentre eles: Sebastião Leme Ribeiro, Perpétua Helena Ribeiro e Carlos Ribeiro. Filhos de alta representatividade em nossa região. Faleceu em 20 de novembro de 1999 – Sábado.


1913  -  30 de junho – Segunda feira. Nessa data nasceu PAULO FERREIRA DE ALMEIDA. É ordenado sacerdote 27/11/1939. Assume a Paróquia em 1/03/1941. Foi nomeado por provisão, datada de 24 de fevereiro de 1941, assinada por Dom Manoel da Silva Gomes. Nova vida tomaram às associações religiosas, com seu paroquiato, tornando-se muito querido de seus paroquianos. Voltou sua atenção para o florescimento das capelas, onde a vida espiritual tornou-se intensa. Grande é, ainda hoje, o círculo de seus admiradores. Em 3 de fevereiro de 1944, Padre José Affonso Cajuaz Filho é nomeado vigário cooperador de São Francisco, auxiliando padre Paulo nos trabalhos da Paróquia. Permanece apenas três meses aqui. Foi o primeiro vigário cooperador. Durante a Grande Semana do Coração de Jesus, em junho de 1945, promovida por D. Lustosa, em Fortaleza, a paróquia ficou sobre o comando do padre José Guerra. Padre Paulo testemunhou à transição do novo topônimo que São Francisco da Uruburetama, quando essa cidade passa a se chamar: Itapagé, em 1943 e o “Episódio em que o escritor Jorge Amado e comitiva, presentes em Itapagé, a fim de mostrar o sistema ideológico político comunista, que assumiam. Houve um “grande quebra pau” que, segundo os contemporâneos foi  comandado pelo Vigário e um grande grupo. O episódio foi citado por Zélia Gattai, no  livro “UM CHAPÉU PARA VIAGEM”. Depois, no final de seu paroquiato foi transferido para a Paróquia de Capistrano, na época, Diocese de Iguatu, no período de 1950 a 1956. Como curiosidade podemos observar que de 1959 a 1960 essa Diocese – Capistrano, tinha como o 7º Vigário, o Padre José Cajuaz Filho, que foi Vigário Cooperador de Itapajé em 1958.  




2000   -  30 de junho. Realiza a convenção da coligação dos partidos políticos PPS/PSDB/PT, que indicou os candidatos: KELSEY DA SILVA FORTE GOMES, (médico) e FULGÊNCIO DE ARAUJO CRUZ – (Fio - Prof. universitário), para prefeito e vice, respectivamente.


“Não há nada que não se consiga com a força de vontade, a bondade e, principalmente, com o amor”. – Marcus Cícero


Por hoje é o que tenho para contribuir, mesmo que modestamente, para a História de Itapajé.

Ribamar Ramos
30 de junho de 2014.

domingo, 29 de junho de 2014



ANIVERSÁRIO NATALÍCIO:

JOSÉ SEBASTIÃO NETO

29 DE JUNHO DE 2014






JOSÉ SEBASTIÃO NETO
(O defensor dos Pobres)

(Pequeno resumo biográfico)


SÉRIE: FILHOS ILUSTRES - Aniversariante do dia 29 de junho de 2014

JOSÉ SEBASTIÃO NETO - O DEFENSOR DOS POBRES

  Era uma Sexta feira, lua minguante, dia 29 de junho de 1945. O final de semana se aproximava. É bem verdade que a cidade onde moravam seus país, Rancharia, no interior de São Paulo, era bastante distante da terra natal de seus pais, o Ceará, mais precisamente, a pequena Vila de Soledade, de onde emigraram.
  Dona Duquesa, a matriarca da família, forma carinhosa como era tratada, Maria Gomes do Nascimento Sousa, se sentia tranquila, apesar de a qualquer momento, vir a dar à luz a mais um filho. A gravidez transcorrera calma. A expectativa de mais um filho era indescritível. Pedro Pereira de Sousa, seu marido, este sim, encontrava-se bastante tenso, pela vinda de mais um filho.
  Em determinado momento, um choro forte e estridente. Nascia um garoto forte e à aparência indicava ser muito saudável. No mesmo momento seu pai, Pedro Pereira, deu-lhe o nome: José Sebastião Neto, em homenagem ao avô materno.
  Algum tempo depois, já de volta com toda a família, para o Ceará, Pedro Pereira e Duquesa, viam seus filhos crescerem com saúde. Era preciso no entanto encaminhá-los aos estudos. Nessa época o pequeno Sebastião já tinha idade de freqüentar a escola. As primeiras letras aprendeu, lá mesmo em sua localidade, depois matricularam-no no Grupo Escolar Mons. Catão Porfírio Sampaio, em Itapajé, onde viria a concluir o primeiro grau.
  O primeiro passo estava dado. Agora o novo desafio era concluir o segundo grau. Ingressa no Ginásio São Francisco de Assis, em uma de suaa primeiras turmas. Concluídos mais essa etapa, algum tempo depois, transfere-se para Fortaleza, indo estudar agora na capital, estuda nos Colégios: João Pontes e Liceu do Ceará.
  A caminhada era árdua, no entanto muito gratificante. Restava agora concluir o terceiro grau, a temível Faculdade de Direito. Existia porém um detalhe: Para o jovem Sebastião Neto, a faculdade de Direito, não era um desafio, mas um objetivo. O ano era 1972.
  Já formado advogado, ainda restavam os cursos de aperfeiçoamento. Participa de vários, entre eles: Curso de Atualização de Processo Civil; Elaboração Orçamentária, pelo IBAM; Curso de Psicodinâmica do Homem Normal e Curso de Grafologia, na UFC, sempre obtendo as mais significativas colocações!
  Para um bom profissional, era também muito importante participar de Simpósios e Congressos, assim o fez. Participou do I Simpósio dos Advogados do Ceará (OAB-CE). Como atividade paralela, já pretendia acompanhar de perto, à política de nosso estado, assim participou do III Congresso de Vereadores do Ceará. Cabe-lhe à distinção de ter sido o proponente para oficialização do primeiro pedido de divórcio no estado do Ceará e o segundo no Brasil. O juiz de direito que homologou esse preito foi Dr. Glauco Barreira Magalhães, juiz de direito em Itapajé, no princípio da década de oitenta. Seu cliente foi o Itapajéense: Natanael de Sales Bastos.
  Paralelamente acompanhava também a crônica esportiva do estado, assim, resolve participar do IX Encontro de Cronistas Esportivos. Participou de muitos outros estágios e treinamentos, dentro de suas áreas de atuação. Pertenceu aos quadros de diversas emissoras de Rádio deste pais. Foi repórter e comentarista da Rádio Assunção Cearense, Rádio Verdes Mares, ambas de Fortaleza, além de atuar, como comentarista,  das Rádios Clube de Pernambuco e Jornal do Comércio, ambas do Recife; nessas atuou como comentarista, durante duas copas do mundo. Nessa qualidade, comentou também, para a Rádio Globo, do Rio de Janeiro. Em Itapajé participou ativamente da implantação da Rádio Guanacés, tendo a mesma, em homenagem a seu nome, a equipe de esporte.
  Atua muito ativamente na defesa do homem pobre, em especial o agricultor, prestando um serviço de verdadeira utilidade pública, através de seu programa radiofônico, Toca Tudo, apresentado diariamente. Resolvendo os mais complicados casos, em que sua experiência de advogado lhe ensinara. Tem por lema: “A verdade, nem que custe mais caro”.
  Não se tem conhecimento de que jamais tenha perdido uma causa, nas muitas defesas que fez por seus milhares de clientes, atuando como defensor. Em outras, como acusador, tendo gual sucesso.
  Certa vez impediu que toda a cidade de Irauçuba fosse tida como terreno de propriedade particular, pois o cidadão Antônio Nilson Albuquerque Mota, dizendo-se herdeiro e sucessor de antigos moradores de Irauçuba, outrora "Cacimba do Meio"; Antônio Nilson Albuquerque Mota agitou os auditórios forenses da Comarca com uma ação de Reintegração de Posse. Inicialmente, contra D. Maria Altair Bastos Lopes, visando recuperar um terreno pertencente àquela, sob o pálio de que o imóvel era herança de seus ancestrais, cuja posse era de natureza injusta.
  A Juíza de Irauçuba, Dra. Icléa Aguiar, recebeu postulação assinada pelo causídico Júnior Albano (Manoel Ribeiro de Lima Júnior) e determinou a citação de D. Altair Bastos que respondeu e contestou a demanda através do Advogado José Sebastião Neto, o qual em sua peça jurídica provou com documentos e testemunhas a total improcedência do pedido de Antônio Nilson.
  Inconformado, Antônio Nilson, recorreu por meio do Agravo de Instrumento de n.º 9909884.3, cumulado com o pedido de efeito suspensivo, sendo Relator o Dr. Desembargador, Edmilson da Cruz Seves - (tio do Dr. José Otávio Ribeiro Cruz, médico nesta cidade). A terceira Comarca Cível negou seguimento por carência de instrução.
  Essa vitória de D. Altair e do seu Advogado, Dr. Sebastião Neto, pôs fim a estocada terrorista que pretendia impor à população de Irauçuba, o Sr Nilson Mota, buscando para si, terras sexagenáriamente ocupadas por pessoas de todas as classes e seguimentos, de modo manso, pacífico e ininterrupto, sob a alegativa de que toda a área da cidade de Irauçuba, lhe cabia por herança de sua família. Pretensão provada em contrário pela Justiça.
  É esse um pequeno perfil de um dos maiores juristas do Ceará, quiçá, do Brasil".

  Dr. Neto e Dona Mariá, assistiram, felizes e realizados, o florescimento de sua família, igualmente representantes ilustres de nossa terra. Fica aqui externado os parabéns ao amigo Sebastião Neto, de seus menores amigos e grandes admiradores: Ribamar Ramos, Socorro e Paulo Tadeu. Feliz dia 29 de junho!























PARA REFLETIR

“O homem erudito é um descobridor de fatos que já existem - mas o homem sábio é um criador de valores que não existem e que ele faz existir.” Albert Einstein



TEXTO DO DIA

UM GRANDE HOMEM

O que é que determina a grandeza de um homem? Pode-se dizer que grandes homens são aqueles que realizam grandes feitos.

Façanhas como a de Charles Lindenberg, que atravessou o atlântico em seu pequeno avião, num vôo solitário.

Grandes homens são os que oferecem ao mundo extraordinárias descobertas nos campos da ciência e da tecnologia. Ou os que se lançam ao espaço, arriscando a própria vida, a bordo de ônibus espaciais.

Grandes homens são os que interferem na política mundial, a bem dos povos, deixando gravados os seus nomes na memória da humanidade.

Grandes homens são os têm seus nomes retratados nos jornais, na televisão por atos de coragem ou de abnegação que tenham realizado.

Grandes homens são também os que lutam todos os dias para sustentar com dignidade a família.

São os que saem de casa antes do alvorecer para o trabalho e retornam ao cair da noite, extremamente cansados, sabendo que garantiram, com seu esforço, o pão, o agasalho, o teto à família numerosa.

São os que, após a jornada exaustiva, ainda têm tempo para se interessar pela lição escolar do filho, a aula de dança da menina e a dor de cabeça da esposa.

Grandes homens são todos os pais anônimos, diligentes e dedicados. Pais que merecem ouvir o que um garoto de quinze anos escreveu ao seu próprio pai:

Um grande homem morreu hoje. Ele não era um líder mundial, nem um médico famoso, nem um herói ou um ídolo do esporte.

Não era um magnata dos negócios e vocês nunca viram o nome dele no jornal. Mas ele foi um dos melhores homens que já conheci. Esse homem era o meu pai.

Ele nunca esteve interessado em receber créditos ou honrarias. Fazia coisas banais, como pagar as contas em dia e ser diretor da associação de pais e professores.

Ajudava os filhos com o dever de casa e levava a mulher para fazer compras nas noites de quinta-feira. Achava o máximo levar seus filhos adolescentes e os amigos deles aos jogos de futebol.

Esta é a minha primeira noite sem meu pai. Não sei o que fazer. Hoje me arrependo pelas vezes em que fui impaciente com ele, dei respostas malcriadas, ou não tomei conhecimento do que ele dizia. Mas estou agradecido por muitas outras coisas.

Estou agradecido por Deus ter me deixado ficar com meu pai por quinze anos. E fico feliz por ter podido dizer a ele o quanto o amava.

Esse homem maravilhoso morreu com um sorriso no rosto e com o coração realizado.

Ele sabia que era um grande sucesso como marido, como pai, como irmão, filho e amigo.

Grandes homens são todos os que conseguem fazer o mundo um pouco melhor graças à sua existência.

Educando uma criança ou colaborando pela sua ida à escola.

Dedicando algumas das suas horas mais preciosas aos seus amores.

Grandes homens são os que fazem a diferença na vida de alguém. São os que sabem semear o jardim das afeições com as delicadas flores da atenção e da presença, nos momentos mais marcantes ou decisivos das suas existências.

(Texto de: Momento Espírita – Internet)
Pesquisa Ribamar Ramos

Ribamar Ramos
Bom Noite / Bom Dia!
Fortaleza, 29 de junho de 2014

terça-feira, 24 de junho de 2014


TÚNEL DO TEMPO DA HISTÓRIA DE ITAPAJÉ


ANIVERSÁRIO DE SAUDADE:

ANTÔNIO DIOGO DE SIQUEIRA
1 de setembro de 1864 / 24 de junho de 1932

1864  -  1 de setembro. Quinta feira. Nesse dia nasce Antônio Diogo de Siqueira, em São Francisco de Uruburetama (atual Itapajé), iniciou sua vida profissional, como marchante, ao lado do pai. No desempenho dessa atividade. Também tentará a sorte na Amazônia, para onde se transferirá, em busca de melhores condições de vida, na primeira metade da década de 1880.
                   Após breve permanência naquela região, retorna ao Ceará e continua atuando exclusivamente no abate de gado e comércio de carnes até constituir, juntamente com Antônio José de Souza e Joaquim Martins Júnior, a firma Souza, Martins & Cia., com o objetivo de instalar uma saboaria na P. de Pelotas (atual Praça Clóvis Bevilácqua – em Fortaleza). É oportuno lembrar que Antônio Diogo foi sócio também dos supracitados marchantes, de Francisco de Araújo Barros e de seu irmão, Diogo Henrique de Siqueira, em outra firma, a Siqueira, Martins, Barros & Cia., cuja finalidade era a exploração da marchantaria.
                   Em 1902, Antônio Diogo é eleito para 1º. Tesoureiro da Diretoria da Sociedade Mutuária Cearense, com mandato desse ano até 1904. Cabe lembrar que essa sociedade benemérita foi fundada, a 15/08/1901, com o fim de garantir pequeno patrimônio às famílias de seus associados, quando falecidos em pleno gozo de seus direitos de sócios.
                   Em 1904, deixa ele a Souza, Martins & Cia. e constitui sua própria firma, denominada A.D. Siqueira & Cia., que tem como objetivo principal a instalação e a exploração de uma fábrica de sabão e resíduo de caroço de algodão, no cruzamento dos boulevards Duque de Caxias e Imperador, batizada de Santa Elisa, em homenagem a sua esposa.
                   Segundo o Almanaque do Ceará de 1906, Antônio Diogo é o arrendatário do quiosque n° 2 da Avenida Nogueira Accioly naquele ano. É oportuno lembrar que a referida avenida se situava na atual Praça José de Alencar.
                   Em 1907, segundo o censo industrial daquele ano, a firma A.D. Siqueira & Cia. tinha um capital de 80 contos e sua fábrica, a Sta. Elisa, empregava 33 operários, utilizava 6 c.v. de força e tinha o valor de sua produção estimado em 186:600$000.
                   No último governo do Comendador Nogueira Accioly (1908 – 1912), Antônio Diogo ganha, juntamente com membros da família do oligarca, de quem era apadrinhado, um contrato para monopolizar os talhos de carne do Mercado Público de Fortaleza.
                   Em 07/11/1916, estabelece uma nova firma, a A.D. Siqueira & Filho, que sucederá a A.D. Siqueira & Cia., com capital social de 600 contos de réis e com o objetivo de, além de extrair óleos vegetais e produzir sabão, fabricar fios de algodão na Fábrica Sta. Elisa.
                   Em 1919, a Fábrica Santa Elisa tinha o capital de 250 contos, empregava 70 operários, possuía 2.000 fusos e utilizava 80 c.v. de força.
                   Nesse ano, Antônio Diogo participa da fundação do Centro Industrial Cearense, na condição de vice presidente.
                   Seus negócios já prósperos, prosperariam, ainda mais, durante a década de vinte,  - (1920) - quando a economia cearense passa a viver uma fase de grande dinamismo, baseado, sobretudo, na expansão de sua cotonicultura.
                   No começo daquela década, Diogo, além de continuar extraindo óleos vegetais e fabricando sabão e fios, passa a produzir tecidos e prensar algodão, em grande escala, para exportação. Simultaneamente suas atividades no comércio de exportação, passa a se dedicar ao comércio de importação.
                   Na primeira metade dos anos vinte, ainda, dá início a uma série de associações com outros empresários, através das quais diversificará, mais ainda, seus negócios.
Em 1922, constitui, juntamente com João Caminha Muniz e Raymundo A. P. Motta, a firma Caminha, Diogo & Cia. Ltda., que explorará o ramo de fumos e seus preparados, e que, posteriormente, será uma das sócias da Philomeno, Markan & Caminha Ltda. Em 1924, tendo como seu representante Antônio Diogo de Siqueira Filho, constitui a firma Boris, Siqueira, Lima e Cia., juntamente com a Boris Frères & Cia., Gustavo Correia Lima e a Machado & Caminha, com o objetivo de beneficiar algodão, em Iguatu. Em 24/10/1924, constitui a Siqueira, Gurgel, Gomes & Cia. Ltda., que instalará a Usina Ceará.
                   No segundo lustro dos anos vinte, atinge Diogo o apogeu de sua capacidade empreendedora.
          Nesse período, expande ele sua atuação no ramo têxtil, ao adquirir (por volta de 1925) a Fábrica Ceará Industrial, que pertencia a Boris Frères, e ao arrendar a Fábrica Santo Antônio, da Andrade & Cia. (em torno de 1927 e que adquirirá definitivamente em 1930). Ao mesmo tempo em que expande a capacidade de produção de fios da Fábrica Santa Elisa, onde, como consequência da instalação da Usina Ceará, não mais serão extraídos óleos e fabricados sabões.
                   No ramo têxtil, ainda, Diogo se envolverá na construção da Fábrica São José, na qualidade de sócio da firma Frota, Siqueira & Cia. Ltda., constituída em 1926 e cujos outros sócios eram Raymundo da Silva Frota e a firma Philomeno Gomes & Cia. Por desentendimentos pessoais com Pedro Philomeno, não chegará ao final desse empreendimento, retirando-se dessa firma em 1927.
                   O Cel. Antônio Diogo continuará, ainda, na segunda metade dessa década, a beneficiar algodão na Fábrica Sta. Elisa e a prensá-lo, para exportação, na Prensa Diogo. Como beneficiador e exportador de algodão, também estará vinculado, através de seu filho Diogo Vital de Siqueira, à firma Exportadora Cearense Ltda., constituída em 1925 e que tinha também como sócios as firmas: F. Moreira & Cia.; J. Arruda &Irmão; Joaquim Gonçalves & Cia.; Fernandes & Franco Ltda.; e, mais ainda, Sebastião Moreira de Azevedo e Bernardo Jucá.
                   Diogo coroará suas atividades como marchante, das quais nunca se afastou, com a constituição, em 1925, da Empresa Matadouro Modelo Ltda., juntamente com Arthur Themotheo (marchante), Abel Ribeiro (capitalista) e outros sócios minoritários, com o objetivo de construir e explorar um matadouro modelo em Fortaleza. A suspensão da concessão de exploração desse matadouro se daria durante a interventoria de Fernandes Távora (1930-1931).
                   Foi ele, também, fazendeiro e pecuarista, tendo sido proprietário de grandes fazendas em Quixeramobim, Senador Pompeu, Caio Prado (à época Cangati) e Pajuçara (Maracanaú), onde praticava a cotonicultura ou culturas de subsistência (como na Laje, em Caio Prado, e na do Acarajuzinho, em Pajuçara), bem como a pecuária (como na Currali, Fofor e Primavera). Dessas fazendas extraía também lenha, em grande quantidade, que era vendida a Estrada-de-Ferro de Baturité e a “The Ceará Tramway Light and Power, Co. LTD.”.
                   Como expressão da sua prosperidade, constitui, em 24/08/1927, a firma A.D. Siqueira & Filhos (em substituição a A.D. Siqueira & Filho), com um capital de 4.000 contos de réis.
                   Quando decide instalar a Fábrica de Cigarros Araken, que será inaugurada em 1928, Diogo Vital de Siqueira contará também com recursos financeiros do seu pai, o Cel. Antônio Diogo. Antes de sua morte, em 24 de junho de 1932, o Cel. Antônio Diogo, ainda expandiria seus negócios, sobretudo no ramo têxtil - (como co-associado da Fiação São Luiz Ltda. e da Empresa de Fios e Redes Ltda. e bancário - como Presidente do Banco dos Importadores de Fortaleza e Diretor – Conselheiro do Banco dos Proprietários).

                   O patrimônio deixado por ele atingiu o valor total de 8.194:259$444, tendo ficado, para sua viúva, 4.097:129$722 e, para cada um dos seus 14 filhos, 292:652$123 - (Formal de partilha de seus bens registrado no Cartório Silveira Martins).
Itapajé ainda não lembrou da importância desse ilustre filho. Fortaleza, ao contrário, o homenageia com o nome da Escola Municipal Antônio Diogo de Siqueira, no bairro Bonsucesso. Ainda dá tempo para corrigir este “descaso”. Infelizmente não consegui foto de nosso homenageado de hoje. Que pena! Se alguém tiver, gentileza entrar em contato com este blog, ou no meu FACE: Ribas Ramos.


ANIVERSÁRIO NATALÍCIO (E DE SAUDADE):

NEUTELZINHA DE MENESES BASTOS, nasceu em 24 de junho de 1875. Filha de  Neutel Pinheiro Bastos, (nascido em 1846 e falecido em 24 de janeiro de 1899, e de Francisca Argentina de Meneses Bastos, filha de Pedro Teixeira de Aguiar e de Ludovina Messias de Meneses, filha de Joaquim Correia Lima e de Argentina Maria de Jesus). Casou-se em 07 de janeiro de 1890, com apenas quinze anos, com o Doutor Manoel Nogueira Borges, engenheiro, falecido em 15 de agosto de 1900. Manoel era filho de Raimundo Xavier Nogueira e de Ana América da Ponte, naturais de Sobral. Ana América da Ponte era filha de Vicente Ferreira da Ponte e Ana Florência da Silva. (Fonte: A Genealogia de Itapajé – Hélio Pinto).


EFEMÉRIDE:
1963  -  24 de junho - Segunda feira. ARISTÓTELES ALVES CARNEIRO, aposentou-se como Escrivão da Coletoria Estadual de Itapajé.



ANIVERSÁRIO DE SAUDADE:
ISRAEL BASTOS CARNEIRO

1 de janeiro de 1915 / 24 de junho de 1988

1915   -  1 de janeiro – Sexta feira. Nasce ISRAEL BASTOS CARNEIRO, casado com Maria Mirtes Sampaio Braga, filha de Anastácio Barroso Braga e de Sirila Sampaio Barroso Braga, de tradicionais famílias de Uruburetama, em 29 de fevereiro de 1947. Israel era comerciante e agropecuarista e um dos maiores produtores agrícolas de Itapajé. Político por formação e tradição foi por três vezes Vereador. Pertencia ao Clube Progressista. Faleceu em 24 de junho de 1988.




ANIVERSÁRIO DE SAUDADE:

FRANCISCO MOREIRA DE SOUSA
(9 de maio de 1907 e faleceu em 24 de junho de 1992)
107º. ANIVERSÁRIO NATALÍCIO E 22º DE SAUDADE














FRANCISCO MOREIRA DE SOUSA
"MOREIRA"

Moreira nasceu em 9 de maio de 1907 e faleceu em 24 de junho de 1992, uma Quarta feira, esquecido pela comunidade, pela qual prestou relevantes serviços!



FRASE DO DIA

"A história é testemunha do passado, luz da verdade, vida da memória, mestra da vida, anunciadora dos tempos antigos." 
Marcus Tullius Cícero


Por hoje é o que tenho para contribuir, mesmo que modestamente, para um melhor conhecimento da História de Itapajé. Um abraço. Ribamar Ramos. Fortaleza, 24 de junho de 2014.

Ribamar Ramos
Fortaleza 24-06-2014
Boa noite / Bom dia!
(Textos próprios e baseado, com fontes citadas).