ORLEANS PINTO DE MESQUITA

ANIVERSÁRIO DE SAUDADE

(6 ANOS)

(30 de maio de 2013 / 30 de maio de 2019) 

22 de julho se 1928 - Domingo. Nessa data nasceu ORLEANS PINTO DE MESQUITA, filho de José Pinto de Mesquita e Dona Chiquinha Firmo, ambos de tradicionais famílias da região. Ainda jovem passa a residir em, em definitivo, em Itapajé – afinal, os estudos eram prioridade.

Orleans mantinha relações afetivas e sociais com seus contemporâneos – de Itapajé e, muito especialmente, com os amigos de Taperuaba. Participou ativamente CLUBE PROGRESSISTA - era uma espécie de escola para adultos. Na década de 50 - (não foi possível identificar exatamente a data). Esse clube foi fundado por João Ribeiro Pessoa Montenegro Filho, nascido em 15 de janeiro de 1882, seu pai, João Ribeiro Pessoa Montenegro, o tabelião. Desculpem pela prolixidade deste extenso texto, somente assim, conheceremos nossa história. Abaixo um pequeno relato sobre o Clube Progressista, do qual Orleans Pinto de Mesquita, participou ativamente.

Todos queriam participar do querido ´CP´ - forma carinhosa, como era conhecido o tradicional Clube Educacional. Este Clube se consolidou como uma verdadeira escola. Por muitos anos e com diferentes diretorias. No final da década de 1950, quando de uma eleição, em que elegeria para a gestão seguinte, o Clube era formado com o quadro a seguir: CANDIDATOS A DIRETORIA - Israel Bastos Carneiro - (filho de Aristóteles Alves Carneiro), para Presidente; Raimundo Gentil Rocha, Vice Presidente; José Jauro Araújo Bastos, Tesoureiro; José Aírton Rocha, 1.º Secretário; Edmar Urano de Carvalho - (Coletor Federal), 2.º Tesoureiro; Isac Sombra Rodrigues, Consultor Jurídico; João Antônio de Lima, Orador Oficial; José Maria Barbosa Lima, Bibliotecário. Para Diretores candidataram-se: Jurandir Araújo Chaves; Álvaro Otoni de Assis Bastos; Alcides Sales Bastos; ORLEANS PINTO DE MESQUITA; Vicente Rodrigues de Sousa; José Fernandes de Oliveira – ex-combatente da FEB – Força Expedicionária Brasileira; Raimundo de Araújo Bastos - Sr. Mundim. SÓCIOS CONTRIBUINTES, BENEMÉRITOS E HONORÁRIOS: Aristóteles Alves Carneiro - (historiador); Raimundo de Araújo Bastos; Manuel Luís da Rocha; Mariano Amâncio da Rocha; Pedro Rocha Sobrinho; Euclides Ferreira Gomes; Raimundo Marques de Sales – Coquinho, pai de José Maria Sales; Francisco Marques de Sousa; Jesuíno Pinto de Mesquita; José de Araújo Bastos – (Zé Verdinho); Júlio Pinheiro Bastos; Manuelito Rocha; Clóvis Álvaro Bastos; Juvêncio de Paula Bastos; José Humberto Pontes; Edson Bastos Carneiro; José Gusmão Rocha – (Nereu); Francisco Moreira de Sousa; Otávio Coelho de Araújo - (irmão de Messias Coelho); Antônio Belo; Amarílio dos Santos; Francisco Teixeira Braga, - (capitão Braga), Sócio Honorário; Orestes Marcelino de Castro – ex-vereador; Eustáquio Sales Peixe; Odilon Ferreira Gomes; José Judith Moreira; José Martins de Sales – (Zeca Martins - comerciante e exportador de peles de animais); Letácio Alves Carneiro - (primo de Aristóteles Alves Carneiro); Euclides Melquíades Vieira; Raimundo Magno Bastos, Osmundo Bastos; José de Arimatéia Pinto – (Bita); Antônio Custódio de Mesquita - Tabelião; Napoleão Bastos - (irmão de dona Venusta, Hilda Ibiapina Bastos, casada com Mundim Bastos, Filó e Theophita, casada com Aristóteles), sócio  correspondente; José Eudóxio Pinto - sócio correspondente; João Ribeiro Pessoa Montenegro Filho, sócio benemérito; major Francisco Ribeiro Pessoa Montenegro, sócio benemérito; Hugo Carvalho Rocha Lima, Advogado - (No ano de 2001, foi  procurador do estado do Ceará), benemérito; Raimundo Carvalho Lima - (pai de Dr. Hugo Carvalho e exerceu o cargo de juiz em São Francisco de Uruburetama, na década de 30), honorário; José Theógenes Gondim, Padre, honorário; Padre Francisco de Assis PORTELLA, honorário; José Aristóteles Gondim, Coletor Estadual e Deputado Estadual, honorário; Francisco Alves Pereira – (Chico Catingueira, sobrinho de Chico Valdivino), contribuinte; Luís Gonzaga Saraiva, coletor Estadual; Edmar Teixeira Vieira, médico; Luís Teixeira de Alcântara, Juiz de Direito; Celestino Moreira Alves de Barcelos - (Agrimensor); Esmerino Ferreira Gomes – ex Deputado Estadual; Antônio Ferreira Gomes; Antônio Felinto Bastos; Antônio Gomes Cavalcante - Toinho; Raimundo de Paula; Júlio Ferreira Gomes; Josias Bastos; João Ferreira Gomes – (industrial); Francisco Araújo Chaves - (pai de Jurandir, Maurício, Oribe); Osmar Araújo Bastos; Camilo Castelo Félix; Gerardo Melquíades; Raimundo Nonato Rocha, casado com D. Chiquinha Rocha, genitores de Sidney Cunha Rocha e outros; Aprodígio Marcelino de Castro; Francisco Sinuca Matos; Francisco Rocha Matos; Antônio de Castro Lima – (Tabelião), Cartório Civil, Rua Major Barreto, em frente à casa do Sr. Dico Antunino - (Raimundo Alves de Oliveira); Manoel Marques de Sales – Manelim, comerciante; Teobaldo e José de Araújo Chaves Neto – (Zezé Chaves, um dos principais “comunistas” de Itapajé, juntamente com Alcides Sales, e outros).

Como podemos observar, Orleans participava de ´tudo´, em Itapajé. Quando da fundação do Guanacés Clube - antigo Patrimônio Histórico da cidade fundado em 7 de Dezembro de 1954, teve como presidente da comissão Organizada do clube o Sr. Isac Sombra Rodrigues. Conforme Lei n.º 197 de 26 de abril de 1955 – Considera de Utilidade Pública o Guanacés Clube, e consta como data de fundação o dia 14 de dezembro de 1953. (essa lei foi sancionada por Júlio Pinheiro Bastos). Essa Organização tinha por finalidade desenvolver a cultura intelectual; incentivar a prática e desenvolvimento dos esportes: promover reuniões de caráter social e cívico. Por muito tampo esse clube foi, já que veio a substituir ao antigo Polytheama Clube, que funcionava a Rua Felipe Sampaio, onde funcionou a Secretaria da Receita Federal.

O Guanacés Clube era até bem pouco tempo atrás um lugar de encontro da sociedade Itapajeense. Infelizmente, devido a sucessivas administrações irresponsáveis, o clube deixou de ser esse ponto de encontro. Mesmo assim funcionava muito precariamente, só que passou a rotineiro, em cada festa - ou melhor em cada “fuá” - acontecia sempre um “pé de Briga”, era faca, cadeiras, garrafas e muitas outras coisas, com seus frequentadores, agora não mais a sociedade local, mas o pior que nela existia.  Recentemente (início de 1999) esse clube recebeu o golpe de misericórdia para sua extinção: Fora vendido para um empresário local.

Nos áureos tempos, em que homens como Zé Verdinho, Luis Sales Peixe, Eudes Magalhães, Orleans Pinto de Mesquita, João Batista Pinto de Mesquita, João Batista Bernardes e outros eram seus diretores, ai sim, Itapajé tinha um local de diversão e satisfação para seus sócios e frequentadores. Bons tempos àqueles. Um fato curioso é que o clube foi construído sobre a totalidade da antiga praça Joaquim Leitão, existente de sua construção.

No futebol, outra especialidade de Orleans, em uma crônica do Paulo Vieira, no Jornal Folha de Itapajé Ano II – n.º 9 – maio/junho 1984 – “NOSSO (ANTIGO) FUTEBOL”, narra uma vacilada do mesmo: 

“Hoje chegou a vez do Futebol. Dos times, das seleções, dos torcedores, dos cartolas. Não cheguei a conhecer o time dos anos 40, por motivos óbvios, embora alguém diga que na época eu já era veterano. Mas, em conversa com o Héliodoro, o grande “Keeper” do passado, ele me afirma que poucos foram tão oportunistas como Zezé Chaves, e seu chapéu na mão, ou tão seguros como o Jonas Grande. Eu acrescento um que vi no final de carreira, mas era um verdadeiro estilista: Viradinha. Craque de bola cheia. Itapajé teve várias etapas do esporte. O Intermunicipal, patrocinado pela APCDEC, sempre influenciou na formação de uma boa equipe de futebol. Nos intervalos, a carga de segurar a barra ficava por conta de Manuel Félix Coelho, o popular Rebeca, que sucedeu ao Orleans (Pinto de Mesquita), neste mister. Cada ano, saíamos com o Rebeca por este mundo afora, ora com o nome de Mamulengo, Ouro Branco ou Cruzeiro, feito mulher de malandro: Tanto a gente apanhava, como davam na gente. Mas, era bom. Tinha meu lugar cativo na boléia do caminhão, quase sempre do Dedé, juntamente com um goleiro, que se a memória não me falha era um tal de Neto, (José Sebastião Neto, advogado) conhecido carinhosamente  por Zé Negão. Saíamos de madrugada, às vezes de ressaca, a embaixada formada às pressas, pois a resposta do oficio do presidente - Rebeca, chegara na véspera. Um capítulo à parte era o ofício do compadre Rebeca. Sinceramente, nunca vi outros tão bem feitos. Diz nosso Dr. Sebastião Neto que aprendeu a fazer ofícios com o Rebeca. E toca a lembrar os trios finais: Cãozinho, Budo e Castelo; Batatais, Peixe e Orleans; Hélio, Peixe e Orleans, Neto, Dedinho e Vieira. As grandes intermediárias: Sapateiro, Antonino e Joaquim; Pangueta, Virada e Nonato; Macau, Paulinho e João Sura; Jonas, Diano e Defesa. Os ataques, que vamos deixar para outra oportunidade e citaremos, apenas alguns atacantes, como: Renato, Mocó, Orleans, no início da carreira, Chico Ávila, Zé Pereira, Raimundo Job, e muitos outros. Agora uma estorinha. Fizemos grandes temporadas em Monsenhor Tabosa. Certa vez, depois do primeiro jogo, houve uma festa no Mussambê Clube. Orleans se excedeu na bebida, e capotou na casa onde estávamos hospedados. Manhã do dia da festa do padroeiro, S. Sebastião, Rebeca e Mocó, que não tinham ido à festa dançante, levantaram cedo, compraram velas, conseguiram flores, pegaram a rede com o Orleans, estenderam sobre uma mesa, acenderam as velas, abriram as portas e janelas e começaram a chorar. O povo passando prá missa ia ficando, se aglomerando e lamentando: Coitado do rapaz, veio de tão longe só prá morrer, aqui. E quando a turma já se preparava para correr a lista de cooperação para o enterro, o defunto acordou. Foi um corre-corre dos diabos. Mulheres gritando, meninos correndo, um acontecimento. Nunca me esqueci. Sinal dos tempos.".

 Orleans Pinto – funcionário Público Municipal, desempenhou – em diversas administrações, muitos cargos de Administração. Em uma dessas oportunidades, em que Orleans era o responsável pela Limpeza Pública, Francisco Moreira de Sousa, o nosso precursor da Comunicação, inteligentemente, para aproveitar-se da audiência e abrangência do sistema de som, convocava os préstimos  de Orleans Pinto de Mesquita, para resolver algum problema na Praça Duque de Caxias, atual Praça da Assembleia de Deus. Certa vez o chama dizendo: “Atenção Orleans! Vem urgente tirar esses jumentos que estão transando aqui na praça!”.

Orleans faleceu em 30 de maio de 2013 – Quinta feira. Nessa data faleceu Orleans Pinto de Mesquita era casado com Isabel Peixe, que resultou em uma família de ilustres Itapajé. Marcus de Orleans e Alex Sandro de Orleans, entre outros.

 

  

FRASES DO DIA

"Tudo já foi dito uma vez, mas como ninguém escuta é preciso dizer de novo."  (André Gilde). 

“Antes que  o ´Deserto´ me vença, continuarei a teimar em tentar resgatar a história de Itapajé, mesmo que timidamente!” – (Ribamar Ramos) 

“NÃO FOMOS, NÃO SOMOS, E NUNCA SEREMOS ESQUECIDOS”

("NON FUIMOS, NON SUMUS, ET QUI NUNQUAM OBLITI ERIMUS")

(Ten. Cel. João Paulino de Barros Leal)

"Quanto a mim escrevo até este ponto; o que depois se passou, talvez outro queira tratá-lo". - Xenofonte.

FONTES:

- Pequena Cronologia de Itapajé (e Taperuaba) - José Ribamar Ramos (Ribas Ramos).

- A Genealogia de Itapajé - Hélio Pinto - 2010.

- Fotos: Arquivo Pessoal de Ribamar Ramos 

- Fotos divulgadas na internet

- Alex Sandro Orleans e Marco Orleans

- Carlúcio Gomes

- Pesquisa: Ribamar Ramos 

Blogs das Histórias de: Itapajé e Taperuaba:

www.taperuabace.blogspot.com.br 

www.itapagece.blogspot.com.br  

FACEBOOK: Ribas Ramos

© Ribamar Ramos

JOSÉ RIBAMAR RAMOS

WWW.ITAPAGECE.BLOGSPOT.COM.BR 

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Ribamar Ramos    

Fortaleza 31 de maio de 2019

TÚNEL DO TEMPO DA HISTÓRIA DE ITAPAJÉ

RAIMUNDO GENTIL  FERREIRA GOMES

(OSSIAN GOMES)

 ANIVERÁRIO DE NASCIMENTO E SAUDADES
21 de Março de 1927  / 29 de Outubro de 2007

(80 anos - 7 meses - 8 dias)

ANIVERSÁRIO DE SAUDADE:

RAIMUNDO GENTIL FERREIRA GOMES – OSSIAN

29 de outubro 2007 /  21 de março de 2019
(12 anos)

 

Na rica história de Itapajé, muitos de seus filhos se destacaram, em diversas atividades, motivo de orgulho para seus conterrâneos. Ossian Gomes é, em especial, um desses Ilustres itapajeenses!

No dia 29 de outubro de 2007 – Segunda feira, precisamente às 21H40 falecia em Fortaleza, no hospital da Unimed. São 8 anos de saudades. Precisos: 2.922 dias de uma ausência física – somente física, pois entre seus familiares e amigos sua presença ainda é sentida a cada instante! Sua presença em espírito, todos sentem e se conformam. Prevaleceu à vontade de Deus. O Blog da História de Itapajé, finalmente fará uma modesta e justa homenagem a esse querido filho, que tão bem representou a cidade de Itapajé.  

O INÍCIO DE TUDO....

No dia 21 de março de 1927 – Terça feira. Nascia Ossian Gomes, filho de Antônio Ferreira Gomes, (nascido em 04/07/1894 e falecido 28/03/1980) e de Maria Amélia Ferreira Gomes. (Faleceu em 19 de junho de 1989).

Dona Maria Amélia - Genitora

ANTONIO FERREIRA GOMES - GENITOR

Dona VÂNIA E OSSIAN - Dona NENZITA e ZEZÉ CHAVES - (Sogros)

Recebeu o batismo pelas mãos de Padre Catão Porfírio Sampaio. Seus padrinhos eram seus avós: Rufino Ferreira Gomes, (nascido em 20 de maio de 1865 e falecido em 02 de janeiro de 1951)  e Francisca Amélia Ferreira Gomes – Dona Velhinha, (nascida em 13 de agosto de 1874 e falecida em 18 de abril de 1963), na Igreja Matriz de São Francisco da Uruburetama – atual Itapajé.

Casou-se em 28 de abril de 1956 - Sábado, com Vânia Araújo Chaves - (nascida em 24 de janeiro de 1939), Filha de José Araújo Chaves e de Raimunda Rodri­gues Bastos (Nenzita), filha de Lauriano de Paula Bastos e de Maria Rodrigues Teixeira.

         Iniciou os estudos, no Grupo Monsenhor Catão, quando ainda funcionava em sua primeira sede, na Rua Targino Guedes, atual Rua Dom Aureliano Matos. - Uma curiosidade sobre essa rua é pelas diversas mudanças de denominações. Primeiro foi Rua Targino Guedes, depois Rua Zé Guedes, em homenagem a José Antônio Guedes Alcanfora, depois Rua Sobral. Mais uma vez muda de nome e passa ser Rua Dr. Hermógenes de Oliveira e finalmente, Rua Dom Aureliano Matos, filho ilustre de São Francisco, atual Itapajé, conforme lei n.º 573 de 25 de maio de 1968, sancionado por Jauro Bastos, prefeito em 1966/1970.

Da união de Ossian com Vânia nasceram os seguintes filhos: Antonio Carlos Chaves Gomes; Gerusa Chaves Gomes, casada com Francisco Gomes; Maria Amélia Chaves Bastos, casada com Francisco Junior Barroso Bastos; Marcondes Chaves Gomes; Ossian Filho; Ângela Maria; José, falecido infante; Fabiano Chaves Gomes e Vânia Maria Chaves Gomes.

BODAS DE OURO EM 1986

Sempre mantive um vínculo de amizade relativamente próxima com o Sr. Ossian. Quase sempre, aos Domingos, durante a Missa ficávamos em uma das laterais do Altar. Era comum ser o mesmo o Cronista da Celebração. Certa oportunidade, num domingo à noite ficamos conversando sobre a história de Itapajé. Perguntei se ele sabia algo sobre a Queda da torre da Igreja, ocorrida no início da década de 1930. Revelou que lembrava vagamente, pois era muito novo, no entanto afirmou ter também, mesmo sem entender o porquê, que ajudou a carregar tijolos, imitando os gestos de outros garotos um pouco mais velhos que ele, para ajudar a reconstrução da nova torre. Lembra que tinha, talvez apenas 4 anos e, por influência de seus pais já começava a se envolver nos trabalhos solidários da comunidade, em especial aos ligados a Paróquia de São Francisco de Assis.

O tempo passa.  Ossian cresce e sua ligação de laços afetivos continua. Padre Lima e Padre Pascoal, segundo ele próprio foram seus mais diletos amigos, além de  outros amigos. Sabemos ser recíproca a amizade. Mário Moreira, Idel, Ivone Mesquita, Jorge Pereira, Julimar Sampaio, Eldo Lousada,..... As verdadeiras amizades foram cimentadas com carinho e dignidade. Nas décadas de 1960/70, juntamente com Jorge Pereira e seu mavioso violino, Ivone Mesquita Araújo, Ossian Gomes, Dico Antunino, Julimar Teixeira, Brasil (Rafael) e outros, participantes do coral da Igreja Matriz de Itapajé.

A vida impunha sacrifícios. Estudar e trabalhar. Motorista de caminhão, mais por prazer, que por necessidade, afinal seus pais eram abastados e podiam dar-lhe sobrevivência! Era pouco. Queria mais! Somente depois de diversas experiências é que resolveu aceitar um convite de seu tio João Ferreira Gomes, para trabalhar e, algum tempo depois ser sócio da USINA GOMES, fundada em 1939. Permanecendo na função de gerente administrativo, até sua extinção.

A Usina Gomes, a princípio, uma pequena indústria, dentre seus primeiros empregados constam: Mestre João Marques e Sr. Porfírio. A empresa evoluiu muito rapidamente. Após algum tempo, outros familiares de João Gomes recebem igual convite, para juntos administrarem a empresa.  Nessa mesma época existiam diversas outras usinas similares. As principais eram as do Saco Verde; do Jorge, pertencente a José Severiano. Outras em São Miguel, Pitombeira e Barra do Caxitoré.

Agropecuarista. Essa era a verdadeira vocação de Ossian Gomes. Foi produtor de rações para animais e comerciante.....

O “vírus da política” um dia o atingiu: Disputou as eleições para prefeito de Itapajé no ano de 1962 - 1965, juntamente com Iran Araújo Pinheiro sendo a chapa vencedora composta por Luís Forte da Silva e o vice José Silva Mota.

No ano de 1982 é eleito Vereador. Câmara municipal era composta pelos seguintes Vereadores: Raimundo Gentil Ferreira Gomes - (Ossian), Gerson Ferreira, Robério Guimarães Mota, Neusa Mota, Salomé Nilce, Mariá Forte, José Ferreira Viana (Vianey), José Sidô - (Tejuçuoca), César Forte e Ananias Pereira. Prefeito: Francisco Chaves Bastos. Vice prefeito: José Sebastião Neto.

Ossian Gomes participou, ativamente, da vida social e religiosa de Itapajé. Fez a doação de um terreno para a construção do Horto de São Francisco. Doação de um terreno para a construção da Capela do Conjunto São Francisco II. Doação de um terreno para a construção de um Posto de saúde no conjunto São Francisco – atual Bairro Ossian Gomes. Doação de um terreno para um Oratório no Conjunto Pedro Rocha (agosto de 1999).

Quando da construção da Capela de São Judas Tadeu – Bairro Ferros - hoje com 16 anos de construída, participou ativamente fazendo diversas doações.

Participa ativamente da vida comercial de Itapajé – diretor da CDL local em 1996, quando houve a primeira promoção realizada pelo comércio local.  Em 3 de agosto de 1996,quando da realização “ Super Promoção: Compre e Ganhe”,  organizada pela CDL e patrocinada pelos comerciantes filiados a CDL/SPC. A promoção foi um sucesso, pois jamais Itapajé havia assistido a uma promoção dessa magnitude. O presidente da CDL, nessa época era o Dr. Bastos - Francisco Júnior Barroso Bastos, o vice era Sr. Ossian Gomes.

Fundador e, por diversas vezes Presidente do Lions Clube de Itapajé. O Lions tinha em seu quadro de sócios, dentre outros: Rufino Gomes, Adauto Andrade, José Aírton Gondim, Mário Moreira, Eldo Lousada, Afrânio Pontes, Sérgio Canellas, Ribamar Ramos, Francisco Marques, César Bastos, Naaman Pinheiro, Gerardo Gomes da Rocha e muitos outros.

O genealogista Hélio Pinto, assim define Ossian Gomes: “Ossian, como era conhecido Raimundo Gentil era comerciante e agropecuarista dos mais renomados da região. Era um homem digno, trabalhador, simples, mas muito respeitado em todas as camadas Sociais.

Um dos fundadores da COOPITA; fez parte da diretoria da Usina Gomes, um dos fundadores do Guanacés Clube. Esportista quando jovem gostava e praticava excelente futebol, fazendo parte em nossas seleções. Agregado ao seu vigor físico tinha muita técnica. Tive o prazer de vê-lo jogar.

Um homem de bem, religioso, era o provedor de nossa Igreja. Formava juntamente com Dona Vânia um casal exemplar.

Era proprietário da fazenda Cachoeira, que pertenceu ao senhor Neutel Pinheiro Bastos, uma bela propriedade, com a antiga casa sede ainda bem conservada”.

Itapajé faz por merecimento homenagens diversas ao filho ilustre Ossian Gomes. Dentre essas podemos citar: BAIRRO RAIMUNDO GENTIL FERREIRA GOMES – OSSIAN GOMES – Conforme LEI Nº 1836/2012 - Denomina de Raimundo Gentil Ferreira Gomes (Ossian Gomes) Bairro da Cidade de Itapajé e dá outras providências. Faço saber que a Câmara Municipal de Itapajé, no uso de suas atribuições legais, aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei: Art. 1º - Fica denominado de RAIMUNDO GENTIL FERREIRA GOMES - (OSSIAN GOMES), o Bairro conhecido por ALTO DOS BERNARDOS, ficando com as seguintes delimitações.....

PEQUENO RESUMO GENEALÓGICO....

No final da década de 1990 fiz uma entrevista com Ossian e Dona Vânia – em sua residência em Itapajé, donde fiz esse resumo genealógico, da família Ferreira Gomes – contando também, com a valorosa ajuda do amigo Esmerino Júnior.

1866  -  20 de maio – Domingo - Nasce Rufino Ferreira Gomes, filho de outro Rufino Ferreira Gomes. Casado em 7 de junho de 1838, com Maria Jacinta Cavalcante. Ele, filho do tenente José Ferreira Gomes e Francisca de Lira Pessoa. Rufino Ferreira Gomes, o pai, tido como um dos primeiros membros dessa família, em 1839, quando juntamente com Joaquim Alves Cavalcante, estabeleceram-se no núcleo populacional que passaria a ser nossa Itapajé. Esse segundo Rufino, patriarca da família Ferreira Gomes, era casado com Francisca Amélia Cavalcante Ferreira Gomes – Velhinha, nascida em 13/08/1875 e falecida em 18/04/1963. Dessa união de Rufino e Francisca Amélia, nasceram 16 filhos - (aqui identificados apenas 14): MARIA AMÉLIA FERREIRA GOMES, casada com ANTÔNIO FERREIRA GOMES, nascido em 04/07/1894 e falecido 28/03/1980, eram os genitores de Ossian, José Augusto, Esmerino e outros; Euclides Ferreira Gomes, nascido em 09 de julho de 1898, faleceu em 19 de março de 1994, casado com Francisca Ester Ferreira Gomes, nascida em 12 de junho de 1907, filha de Esmerino Rufino Ferreira Gomes e Mariana Rocha Gomes, falecida em 12 de maio de 1987. Casou-se em 23 de janeiro de 1930. José Rufino Ferreira Gomes, nascido em 23 de novembro de 1896, falecido em 23 de março de 1934, casado com Maria Nenzita Araújo Vieira, nasceu 27 de setembro de 1907, faleceu em 26 de junho de 1998, filha de Raimundo Paula Vieira e Maria Angélica Araújo Vieira. Adélia Gomes (de) Sales, nasceu em 24 de fevereiro de 1900, casou-se em 5 de março de 1923, faleceu em 24 de outubro 1986, casada com João Junqueira Sales, nasceu em 6 de maio de 1900 e faleceu em 5 de dezembro de 1968 (João Batelão). Francisco Ferreira Gomes – Tico nasceu em 26 de fevereiro de 1909, casado com Maria Nenzita Vieira Gomes, em 28 de fevereiro de 1940, viúva de José Rufino Ferreira Gomes, irmão de Tico. Raimundo Ferreira Gomes, nascido em dezembro de 1906, falece em 1968, casado com Almina Freire Gomes. Pedro Rufino Ferreira Gomes, casado Raimunda de Paula Rodrigues. Paulo Ferreira Gomes, casado com Odete de Sá.  João Ferreira Gomes nasceu em 7 de março de 1905, faleceu em 12 de maio de 1983. Casado com Eliazira (Severiano Oliveira) Oliveira Gomes. Nasceu em 14 de setembro de 1915 e faleceu em 1 de dezembro de 2003. Mário (?); Antônio Gomes Cavalcante nasceu em 2 de setembro de 1913; (assina-se diferentemente de seus irmãos, pelo fato de existir um primo que se assina por Ferreira Gomes), Toinho da Farmácia, como é chamado por seus amigos, casado com Zélia Gomes Mesquita (Mesquita Gomes), nasceu em 26 de abril de 1917 e faleceu em 16 de abril de 1980, do casal nascem os seguintes filhos: José Gomes, falecido, Rufino, idem; Zélia e outros. Maria Ferreira Gomes, casada com Raimundo Gentil Rocha e, finalmente, Maroca (?). Rufino Ferreira Gomes faleceu em 05/01/1951.

Bem, para não ficar cansativo este texto, paro por aqui, na esperança de ter feito uma pequena homenagem  ao Sr. RAIMUNDO GENTIL FERREIRA GOMES – OSSIAN GOMES, de saudosa memória. Brevemente divulgarei diversas entrevistas feitas com o Sr. Ossian - em áudio.

Abaixo uma frase de Ossian:

“O homem sem uma religião, seja ela qual for, não vive plenamente”. Ossian Gomes – Agropecuarista.

 VIAGEM ICONOGRÁFICA

 

 OSSIAN NETO - OSSIAN PAI e OSSIAN FILHO

FAMILIARES

NA AGRADÁVEL COMPANHIA DE ALGUNS NETINHOS.....

TORCEDOR DO CERÁ

COM AMIGOS (Alguns)

 OSSIAN ENTRE OS MAIS DESTACADOS LÍDERES DE ITAPAJÉ

Por hoje, 29 de outubro de 2015 - Quinta feira - É o que tenho para contribuir, mesmo que modestamente, para um melhor conhecimento de nossa Rica História. Hoje, com a história de Um Guerreiro chamado Raimundo Gentil Ferreira Gomes - Ossian Gomes. Nossos conterrâneos precisam conhecer melhor seus filhos ilustres e os principais fatos, a fim de melhor conhecer nossa História.

Na nossa "Viagem" de hoje fazemos um retorno, a um passado recente, na história e vida de Ossian e seus familiares. Acreditem: É possível tornar a História de Itapajé mais conhecida, principalmente por seus filhos, a fim de mostrá-la ao mundo! Basta não desistir!!!". (Ribamar Ramos). 

Fontes:

·        

 Pequena Cronologia de Itapajé – Ribamar Ramos.

A Genealogia de Itapajé - Hélio Pinto.

Agradecimentos:

·        Esmerino Júnior

Familiares de Ossian Gomes

PESQUISA: Ribamar Ramos – out 2015.

FOTOS:

Ribamar Ramos

Perfil no facebook de familiares (Vânia Filgueiras e Antonio Carlos)

Rádio Atitude FM (Dr. Bastos - genro).

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PARA REFLETIR

“Nunca penso no futuro, ele chega rápido demais.” (Albert Einstein)

"A cultura de um povo é o seu maior patrimônio. Preservá-la é resgatar a História, perpetuar valores. É permitir que as novas gerações não vivam sob às trevas do anonimato". (Nildo Lage)

PENSE NISSO....

"Dê aos filhos raízes. Mais tarde, asas."  Provérbio Judaico

"Há pessoas que fazem as coisas acontecerem. Há pessoas que observam as coisas acontecerem. Há pessoas que comentam as coisas que acontecem."  Cesar Stengel

"O sucesso consegue-se com decisão, confiança, persistência; e não, com desânimo, indecisão , lamúrias..."  Sanson Alhadef 

"Quanto a mim escrevo até este ponto; o que depois se passou, talvez outro queira tratá-lo". (Xenofonte).

Ribamar Ramos

Bom dia / Boa noite 

Fortaleza, 21 de março de 2019 – Quinta feira