sábado, 7 de dezembro de 2013

TÚNEL DO TEMPO DA HISTÓRIA DE ITAPAJÉ
JOÃO BATISTA MESQUITA ARAÚJO
26.06.1940 / 13.12.2007 )

Breve Histórico de Vida e Carreira Artística

“Você já pensou na grandeza da amizade?
Diz um grande pensador que quem encontra um amigo, encontra um tesouro valioso.
A amizade verdadeira é sustentáculo para muitas almas que vivem sobre a face da Terra. Ela está presente nos lares e fora deles, na convivência diária das criaturas.
A amizade é tão importante que já foi comparada com muitas coisas de valor.
Um pensador anônimo compara a amizade com as estrelas, e aqueles que não têm amigos ele compara com os cometas, que vêm e vão, mas não permanecem, nem iluminam como as estrelas.
Diz ele mais ou menos assim:
Há pessoas estrelas e há pessoas cometas. Os cometas passam. Apenas são lembrados pelas datas que passam e retornam.
As estrelas permanecem. O Sol permanece. Passam-se anos, milhões de anos e as estrelas permanecem. Os cometas desaparecem....” .
No final desta postagem você poderá ler o texto completo, que justifica a postagem de hoje, que homenageia mais um Filho Ilustre de Itapajé.

JOÃO BATISTA MESQUITA ARAÚJO
(Batista Sanfoneiro)

PEQUENO RESUMO BIOGRÁFICO
(Texto:  Macilio Gomes).

“Filho de José Marcolino de Araújo e Francisca Cândido de Araújo nasceu em Baixa Grande, distrito de Itapajé (CE), em 26.06.1940 e faleceu em 13.12.2007, aos 67 anos, em Goiânia (GO), onde passou a residir com a família (mulher e filhos) e onde seu corpo está sepultado.
                                    
Era o caçula dos 10 filhos gerados pelo casal José Marcolino de Araújo e Francisca Cândido de Araújo (6 homens e 4 mulheres):

1.    Hilário Mesquita de Araújo (in memoriam)
2.    Raimundo Mesquita de Araújo (in memoriam)
3.    Florentino Mesquita de Araújo (in memoriam)
4.    Eugênio Mesquita de Araújo
5.    Maria da Conceição Araújo Gomes
6.    Teresinha do Menino Jesus Mesquita de Araújo (Tetê)
7.   Maria das Mercês Mesquita de Araújo
8.    Raimunda Mesquita de Araújo
9.    José Teógenes Mesquita de Araújo
10.  João Batista Mesquita de Araújo (in memoriam)

Da união matrimonial com Alzira Braga Araújo, nasceram três filhos: José Marcolino de Araújo Neto (30/07/1970), João Batista Mesquita Araújo Júnior (13/08/1973) e Aline Maria Braga Araújo (24/05/1977).

Popularmente conhecido como “Batista Sanfoneiro”, era respeitado e querido pelos seus conterrâneos e por todos que o conheceram. De sensibilidade aguçada, foi amante da música de raiz, nordestina, do autêntico forró pé de serra, do arrasta-pé. Repertório variado e estilo eclético, passando pelo forró (baião, xote, etc.), xaxado, frevo, valsa, chorinho, tango.

João Batista, por Itapajé, e Julinho (João Aguiar Sampaio, acordeonista e compositor - *07/07/1922 / +09/10/2008), por Uruburetama, foram os maiores sanfoneiros que esses municípios limítrofes já registram em sua história.

João Batista herdou o dom musical de seu pai, que tinha ouvido absoluto e que era tocador e afinador de acordeons. Autodidata, músico nato, sempre tocou de ouvido. Inteligência e com memória privilegiada tinha um vasto repertório, cujas músicas conseguia, à época, aprender e memorizar apenas ouvindo pelo rádio ou vendo os outros tocarem. Iniciou sua carreira musical no começo da adolescência (entre os 12 e 13 anos), tendo produzido os primeiros acordes em sanfona de seu irmão Eugênio (que também era tocador), a qual pegava às escondidas, pois o irmão lhe sovinava o instrumento, aproveitando ocasiões em que este se ausentava de casa.

Passou a se apresentar nos forrós com seu irmão Eugênio, tocando pandeiro ou banjo. Mas no fim das festas lhe era dada “uma canja” pelo irmão, a pedido da plateia, da qual arrancava aplausos. Logo sobressaiu e ganhou a preferência do público, levando seu irmão Eugênio a desistir da carreira e a ceder-lhe o lugar.

Aos 18 anos, mudou-se para São Paulo, onde foi morar com seu irmão Raimundo Mesquita. Lá teve a honra e o privilégio de conhecer e acompanhar Luiz Gonzaga em alguns de seus shows nos idos da década de 60, bem como de conviver com Pedro Sertanejo e seu filho Oswaldinho, com o mestre Sivuca e o glorioso Dominguinhos, com os quais tocou e estabeleceu uma boa relação de amizade.

Teve também a oportunidade de gravar vários discos (LP) com Saraiva, o Rei do Sax-Soprano, ora executando a sanfona base (harmonia) ora interagindo nos diálogos (sanfona solo). Consta que Saraiva ia pessoalmente à Volkswagen, onde João Batista trabalhava, para solicitar ao Gerente a liberação dele (João Batista) para as gravações em estúdio durante o expediente, no que era prontamente atendido.

Sivuca foi um dos seus mestres, do qual era imitador na execução dos arranjos mais difíceis, em escala cromática, das composições de Jackson do Pandeiro, de quem Luiz Gonzaga gravou diversas músicas inéditas.

Coincidentemente, João Batista voou para os braços do infinito em 13 de dezembro, dia de Santa Luzia, padroeira do Distrito de Baixa Grande, seu torrão natal, e também data em que nasceu Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.

O ser humano se imortaliza pelas suas boas obras. João Batista, com sua música “Sanfônica” regional e de raiz, que com tanta maestria e sensibilidade soube interpretar, permanecerá sempre vivo e presente em nosso meio, em nossos corações, em nossas mentes.

João Batista cativou cada coração que o conheceu, conquistando o respeito e admiração do povo, não só pelo dom da música que, com arte e talento, tão bem traduziu nas doces notas de seu acordeom e que marcou sua trajetória terrestre, mas também pela sua simplicidade e pureza, nunca deixando de ter um sorriso afetuoso, de dar um abraço apertado, de demonstrar seu carinho da forma mais espontânea, de amar a vida como ninguém.

Lembraremos dele todos os instantes em que a alegria nos faltar, pois não houve quem não se contagiasse com seu jeito de ser, com sua fé inabalável no Criador e com a magia de sua música. Agradecemos a Deus pelo filho ilustre que Ele deu a Baixa Grande, e que tanto engrandeceu o nosso Distrito e o nosso Município, Itapajé.

Deus quis que ele passasse a fazer parte da orquestra Sanfônica celestial, ao lado dos grandes sanfoneiros do Nordeste: Luiz Gonzaga, Sivuca, Julinho, Dominguinhos”.

(Texto de Macilio Gomes – sobrinho de Batista Marcolino).

Texto para reflexão....

A GRANDEZA DA AMIZADE

 "Você já pensou na grandeza da amizade?
Diz um grande pensador que quem encontra um amigo, encontra um tesouro valioso.
A amizade verdadeira é sustentáculo para muitas almas que vivem sobre a face da Terra. Ela está presente nos lares e fora deles, na convivência diária das criaturas.
A amizade é tão importante que já foi comparada com muitas coisas de valor.
Um pensador anônimo compara a amizade com as estrelas, e aqueles que não têm amigos ele compara com os cometas, que vêm e vão, mas não permanecem, nem iluminam como as estrelas.
Diz ele mais ou menos assim:
Há pessoas estrelas e há pessoas cometas. Os cometas passam. Apenas são lembrados pelas datas que passam e retornam.
As estrelas permanecem. O Sol permanece. Passam-se anos, milhões de anos e as estrelas permanecem. Os cometas desaparecem.
Há muita gente como os cometas, que passa pela vida da gente apenas por instantes. Gente que não prende ninguém e a ninguém se prende.
Gente sem amigos. Gente que apenas passa, sem iluminar, sem aquecer, sem marcar presença. Assim são as pessoas que vivem na mesma família e que passam um pelo outro sem serem presença.
O importante é ser como as estrelas. Permanecer. Clarear. Estar presente. Ser luz. Ser calor. Ser vida. Ser amigo é ser estrela.
Podem passar os anos, podem surgir distâncias, mas a marca da amizade fica no coração. Corações que não querem se enamorar de cometas, que apenas atraem olhares passageiros e passam.
São muitas as pessoas cometas. Passam, recebem as palmas e desaparecem. Ser cometa é ser companheiro apenas por instantes. É explorar os sentimentos humanos.
A solidão de muitas pessoas é consequência de não poderem contar com alguém. É resultado de uma vida de cometa. Ninguém fica. Todos passam uns pelos outros.
Há muita necessidade de criar um mundo de pessoas estrelas. Aquelas com as quais todos os dias podemos contar. Todos os dias ver a sua luz e sentir o seu calor.
Assim são os amigos estrelas na vida da gente. Pode-se contar com eles. Eles são presença. São coragem nos momentos de tensão. São luz nos momentos de escuridão. São segurança nos momentos de desânimo.
Ser estrela neste mundo passageiro, neste mundo cheio de pessoas cometas, é um desafio, mas, acima de tudo, uma recompensa.
É nascer e ter vivido e não apenas existir.
E você? É cometa? Ou é estrela?
*   *   *
Enquanto o desejo é chama que se consome e deixa um vazio nas almas, a amizade é bênção que alimenta e sustenta em todos os momentos da vida.
Quem compartilha apenas do desejo corre o risco de ficar só, tão logo o desejo cesse, mas quem divide a amizade tem a certeza de que nunca estará sozinho.
É por essas e outras razões que a amizade é sempre comparada às coisas belas e de grande valor.
Pode ser comparada a um tesouro...
A uma flor perfumada que jamais fenece...
A uma estrela que aquece e vivifica, ou com a luz que jamais se apaga...
O importante mesmo é ter amigos ou ser amigo de alguém, porque só assim teremos a certeza de que nunca estaremos desamparados."

(Redação do Momento Espírita, com base em texto de autoria desconhecida.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 1, ed. Fep e no CD Momento Espírita, v. 5, ed. Fep. Em 02.03.2009).

Links no YOUTUBE para visualização de algumas apresentações de Batista Sanfoneiro:



(Vocês encontrarão muitos outros links - no YUOTUBE - sobre Batista Sanfoneiro)

FRASE DO DIA

“A amizade desenvolve a felicidade e reduz o sofrimento, duplicando a nossa alegria e dividindo a nossa dor. A alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira” - (Leon Tolstoi)








Por hoje é o que tenho para contribuir para nossa a memória da história de Itapaje. Diferentemente como costumeiramente faço, hoje publico os textos acima - devidamente explicitado seus autores, por um motivo particular: Tenho, ainda nos dias atuais, uma amizade profunda e um sentimento muito grande de gratidão ao MEU AMIGO: Batista Mesquita Araújo.
Não tenho à menor dúvida, que à emoção de falar (escrever) sobre uma das pessoas mais generosas, amigas e fiéis, que encontrei em Itapajé, quando de minha chegada em Itapajé, no longínquo ano de 1972. Com certeza, o texto ficaria muito “contaminado” pelos sentimentos de gratidão, respeito e admiração. Até uma próxima oportunidade!



Ribamar Ramos         
Boa noite / Bom dia!      
Fort.  7 de dezembro de 2013

2 comentários:

  1. Registramos aqui, em nome de todos os familiares, os nossos mais sinceros agradecimentos ao Sr. Ribas Ramos pela belíssima e emocionante homenagem prestada em seu blog (itapagece.blogspot.com.br) a João Batista Mesquita Araújo (o querido e saudoso Batista Sanfoneiro), um dos filhos ilustres de Itapajé (CE), o que nos deixou a todos imensamente felizes e sensibilizados. É muita gentileza e bondade sua, caro Ribamar. Isso demonstra a magnitude de seu espírito, a grandeza de seu coração, e é prova inconteste de sua amizade sincera e duradoura, tesouro valioso. Não há duvidar de que a única felicidade verdadeira está na alegria de fazer o bem.

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  2. Agradeço a homenagem ao meu saudoso tio, sempre tão brilhante com sua sanfona. Sou filha de Raimundo Mesquita, moro em Minas Gerais e guardo com carinho na lembrança os momentos em que o tio esteve em casa, a última vez nos 80 anos de meu também saudoso pai.
    Patrícia

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