domingo, 13 de dezembro de 2015


TÚNEL DO TEMPO

DA HISTÓRIA DE ITAPAJÉ 


 
ALCIDES SALES BASTOS

  

13 de dezembro de 1983 – Terça feira. Falece 

ALCIDES SALES BASTOS

Há exatamente 32 anos, precisos 11.688 dias - faleceu em Itapajé o filho ilustre desta terra: ALCIDES SALES BASTOS. Filho de Antônio Sales Bastos e de Maximina Souza Sales. Era casado com Dona Jacy.


Muito jovem foi para o Amazonas, onde se formou em Odontologia, pela Faculdade do Amazonas. Tinha vocação para as letras, mas seu gosto e vocação era mais acentuada, para a música, onde demonstrava todo seu talento. Maestro e o principal responsável pela criação da Banda de Música local, quando da administração Jauro Bastos – 1966/70. – conforme Lei n.º  662 - de 30 de outubro de 1970. Entre suas outras habilidades, fazia projetos de residências, era mineralogista, fotógrafo e, dizem, excelente artesão.


Tinha formação socialista, muito embora não fizesse atuação marcante. Sabe-se, no entanto, ser simpatizante do “Partidão – Partido Comunista”. Esteve “envolvido no episódio em que o escritor baiano”, Jorge Amado, na década de 1940 – (1949), quando a ´Comitiva dos Comunistas´ foi expulsa de Itapajé, pela intolerância religiosa, comandada, na época, pelo vigário da Paróquia, Pe. Paulo Ferreira de Almeida. Alcides nasceu em 7 de maio de 1906 – Segunda feira. O genealogista Hélio Pinto, assim o definia: Homem bom, simples, caridoso, assim era o Dr. Alcides”.



JOÃO BATISTA MESQUITA ARAÚJO

 – “Batista Sanfoneiro”.
13 de dezembro de 2007 – Quinta feira. Falece

- Pequeno resumo biográfico
(Texto de Marcílio Gomes – sobrinho de Batista Marcolino).

Na quarta feira, dia 26 de junho de 1940. Nesta nasceu: JOÃO BATISTA MESQUITA ARAÚJO – Batista Sanfoneiro. Filho de José Marcolino de Araújo e Francisca Cândido de Araújo nasceu em Baixa Grande, distrito de Itapajé – CE. Era o caçula dos 10 filhos gerados pelo casal José e Francisca. 6 homens e 4 mulheres:
1.    Hilário Mesquita de Araújo (in memoriam);
2.    Raimundo Mesquita de Araújo (in memoriam);
3.    Florentino Mesquita de Araújo (in memoriam);
4.    Eugênio Mesquita de Araújo;
5.    Maria da Conceição Araújo Gomes;
6.    Teresinha do Menino Jesus Mesquita de Araújo (Tetê);
7.   Maria das Mercês Mesquita de Araújo;
8.    Raimunda Mesquita de Araújo;
9.    José Teógenes Mesquita de Araújo e
10.  João Batista Mesquita de Araújo (in memoriam).
Da união matrimonial com Alzira Braga Araújo nasceram três filhos: José Marcolino de Araújo Neto (30/07/1970), João Batista Mesquita Araújo Júnior (13/08/1973) e Aline Maria Braga Araújo (24/05/1977).
Popularmente conhecido como “Batista Sanfoneiro” - era respeitado e querido pelos seus conterrâneos e por todos que o conheceram. De sensibilidade aguçada, foi amante da música de raiz, nordestina, do autêntico forró pé de serra, do arrasta-pé. Repertório variado e estilo eclético, passando pelo forró (baião, xote, etc.), xaxado, frevo, valsa, chorinho, tango.
João Batista, por Itapajé, e Julinho (João Aguiar Sampaio, acordeonista e compositor - *07/07/1922 / +09/10/2008), por Uruburetama, foram os maiores sanfoneiros que esses municípios limítrofes já registram em sua história.
João Batista herdou o dom musical de seu pai, que tinha ouvido absoluto e que era tocador e afinador de acordeons. Autodidata, músico nato, sempre tocou de ouvido. Inteligência e com memória privilegiada tinha um vasto repertório, cujas músicas conseguia, à época, aprender e memorizar apenas ouvindo pelo rádio ou vendo os outros tocarem. Iniciou sua carreira musical no começo da adolescência (entre os 12 e 13 anos), tendo produzido os primeiros acordes em sanfona de seu irmão Eugênio - (que também era tocador), a qual pegava às escondidas, pois o irmão lhe sovinava o instrumento, aproveitando ocasiões em que este se ausentava de casa.
Passou a se apresentar nos forrós com seu irmão Eugênio, tocando pandeiro ou banjo. Mas no fim das festas lhe era dada “uma canja” pelo irmão, a pedido da plateia, da qual arrancava aplausos. Logo sobressaiu e ganhou a preferência do público, levando seu irmão Eugênio a desistir da carreira e a ceder-lhe o lugar.
Aos 18 anos, mudou-se para São Paulo, onde foi morar com seu irmão Raimundo Mesquita. Lá teve a honra e o privilégio de conhecer e acompanhar Luiz Gonzaga em alguns de seus shows nos idos da década de 60, bem como de conviver com Pedro Sertanejo e seu filho Oswaldinho, com o mestre Sivuca e o glorioso Dominguinhos, com os quais tocou e estabeleceu uma boa relação de amizade.
Teve também a oportunidade de gravar vários discos (LP) com Saraiva, o Rei do Sax-Soprano, ora executando a sanfona base (harmonia) ora interagindo nos diálogos (sanfona solo). Consta que Saraiva ia pessoalmente à Volkswagen, onde João Batista trabalhava, para solicitar ao Gerente a liberação dele (João Batista) para as gravações em estúdio durante o expediente, no que era prontamente atendido.
Sivuca foi um dos seus mestres, do qual era imitador na execução dos arranjos mais difíceis, em escala cromática, das composições de Jackson do Pandeiro, de quem Luiz Gonzaga gravou diversas músicas inéditas.
Coincidentemente, João Batista voou para os braços do infinito em 13 de dezembro, dia de Santa Luzia, padroeira do Distrito de Baixa Grande, seu torrão natal, e também data em que nasceu Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.
O ser humano se imortaliza pelas suas boas obras. João Batista, com sua música “Sanfônica” regional e de raiz, que com tanta maestria e sensibilidade soube interpretar, permanecerá sempre vivo e presente em nosso meio, em nossos corações, em nossas mentes.
João Batista cativou cada coração que o conheceu, conquistando o respeito e admiração do povo, não só pelo dom da música que, com arte e talento, tão bem traduziu nas doces notas de seu acordeom e que marcou sua trajetória terrestre, mas também pela sua simplicidade e pureza, nunca deixando de ter um sorriso afetuoso, de dar um abraço apertado, de demonstrar seu carinho da forma mais espontânea, de amar a vida como ninguém.
Lembraremos dele todos os instantes em que a alegria nos faltar, pois não houve quem não se contagiasse com seu jeito de ser, com sua fé inabalável no Criador e com a magia de sua música. Agradecemos a Deus pelo filho ilustre que Ele deu a Baixa Grande, e que tanto engrandeceu o nosso Distrito e o nosso Município, Itapajé.
Deus quis que ele passasse a fazer parte da orquestra Sanfônica Celestial, ao lado dos grandes sanfoneiros do Nordeste: Luiz Gonzaga, Sivuca, Julinho, Dominguinhos”.
Batista faleceu em 13.12.2007, aos 67 anos, (ou precisamente: 67 anos; 5 meses; 2 semanas; 3 dias. Exatos: 24.641 dias), em Goiânia – GO. - onde residia, com a família (mulher e filhos) e onde seu corpo está sepultado. (Texto de Marcílio Gomes – sobrinho de Batista Marcolino).

 JOÃO BATISTA MESQUITA ARAÚJO
26.06.1940 / 13.12.2007 )






Links no YOUTUBE para visualização de algumas apresentações de Batista Sanfoneiro:




(Vocês encontrarão muitos outros links - no YUOTUBE - sobre Batista Sanfoneiro)


OUTRAS EFEMÉRIDES DO DIA 13 DE DEZEMBRO:

Pela Lei n.º  1197 -  de 13 de dezembro de 1991, o Cemitério do distrito de Iratinga é denominado de:  Cemitério São José. (Gestão João Batista Braga).

ANIVERSÁRIO NATALÍCIO: 13/12/1906.
RAIMUNDO RUFINO GOMES. Nesse dia nasceu o Patriarca de ilustre família de Itapajé. Era comerciante. Faleceu em 19 de maio de 1967 – Sexta feira.

OBITUÁRIO: 13 de dezembro de 1997
MARIA DA CONCEIÇÃO ROCHA GOMES. Falece nesse dia. Era casada com o Sr. Júlio Ferreira Gomes. Nasceu em 15/11/1906.


 PARA REFLETIR...

“VOCÊ JÁ PENSOU NA GRANDEZA DA AMIZADE?

“Diz um grande pensador que quem encontra um amigo, encontra um tesouro valioso. A amizade verdadeira é sustentáculo para muitas almas que vivem sobre a face da Terra. Ela está presente nos lares e fora deles, na convivência diária das criaturas. A amizade é tão importante que já foi comparada com muitas coisas de valor.
Um pensador anônimo compara a amizade com as estrelas, e aqueles que não têm amigos ele compara com os cometas, que vêm e vão, mas não permanecem, nem iluminam como as estrelas.
Diz ele mais ou menos assim: Há pessoas estrelas e há pessoas cometas. Os cometas passam. Apenas são lembrados pelas datas que passam e retornam.
As estrelas permanecem. O Sol permanece. Passam-se anos, milhões de anos e as estrelas permanecem. Os cometas desaparecem....”.


FRASE DO DIA

“A amizade desenvolve a felicidade e reduz o sofrimento, duplicando a nossa alegria e dividindo a nossa dor. A alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira” - (Leon Tolstoi)

"Tudo já foi dito uma vez, mas como ninguém escuta é preciso dizer de novo."  André Gilde 

“Antes que  o ´Deserto´ me vença, continuarei a teimar em tentar resgatar a história de Itapajé, mesmo que timidamente!” – Ribamar Ramos. 


Por hoje, 13 de dezembro de 2015 - Domingo - É o que tenho para contribuir, mesmo que modestamente, para um melhor conhecimento de nossa Rica História. Na nossa "Viagem" de hoje fazemos um retorno, a um passado recente, na história e vida de alguns filhos ilustres de Itapajé. É possível tornar a História de Itapajé mais conhecida, principalmente por seus filhos, a fim de mostrá-la ao mundo! Basta não desistir!!!". (Ribamar Ramos). 


FONTES:
- Pequena Cronologia de Itapajé - Ribamar Ramos
- A Genealogia de Itapajé - Hélio Pinto
- Fotos: Arquivo Pessoal de Ribamar Ramos - (Álbum do MOBRAL 1972-73); 
Hélio Pinto, Marcílio Gomes. 

Blog da História de Itapajé – www.itapagece.blogspot.com.br  
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© Ribamar Ramos

JOSÉ RIBAMAR RAMOS - 
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Ribamar Ramos         
Boa noite / Bom dia!      
Fort.  13 de dezembro de 2015

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