BANDEIRA DO ESTADO DO CEARÁ
(A HISTÓRIA DA BANDEIRA DO CEARÁ)
Foi a
de Portugal, a primeira bandeira que se hasteou no Ceará, a simbolizar então o
domínio luso, de que nosso país era colônia. Posteriormente, vieram os
holandeses, ocorrendo então a mudança das cores que então tremulavam no mastro
do Forte de São Sebastião. Expulsos os invasores flamengos, as vilas nascentes
não tiveram outra alternativa heráldica, senão a de voltar a erguer armas e
bandeiras portuguesas.
Os
capitães-mores e governantes dos períodos colonial e monárquico foram todos
indiferentes às representações simbólicas dessa natureza. Foi necessário que um
homem de múltiplas ocupações econômicas tornasse a iniciativa de reparar o
descaso cívico. Esse patriótico cidadão foi o comerciante João Tibúrcio
Albano, filho do Barão de Aratanha, chefe da firma J. Albano & Cia.,
diretor da Associação Comercial do Ceará e tesoureiro de nossa Santa Casa de
Misericórdia.
Esse
atuante homem de negócios tinha por vivenda o antigo solar do Visconde de
Cauípe, situado no Alagadiço e conhecido pela denominação de Vila Nous
Autres. Nessa chácara ele costumava hastear o pavilhão maranhense, em
homenagem à sua esposa, natural daquela província. Daí lhe surgiu a idéia de
içar a bandeira de sua própria terra e, dando pela sua inexistência, resolveu
fazer uma para uso próprio. Adaptou as armas estaduais à bandeira brasileira,
apenas retirando desta o círculo azul pontilhado de estrelas e a legenda Ordem
e Progresso.
Por muito
tempo a bandeira idealizada por João Tibúrcio Albano serviu de modelo a muitas
outras que tremularam nas sacadas dos nossos educandários em dias de festa
cívica.
Só em
1922 o Presidente Justiniano de Serpa veio a assinar decreto instituído
o pavilhão cearense. No ato oficial, determinou que este fosse constituído de
um retângulo verde e o losango amarelo da bandeira nacional, tendo ao centro um
círculo branco e no meio deste o escudo do Ceará.
O
Decreto nº 1.971, de 25 de agosto de 1922, seria modificado pela Lei nº 8.889,
de 31 de agosto de 1967, sancionada pelo então, Governador Plácido Aderaldo
Castelo. Em seu art. 2º dizia esse instrumento legal: - "Considerado o
módulo arbitrário M, serão observadas na bandeira as seguintes proporções: a
altura corresponderá a 14 m; a largura a 20m; os vértices do losango estarão a
1,7m dos lados do retângulo; o raio do círculo corresponderá a 3,5m a distância
da parte superior e da inferior das armas, em relação ao círculo corresponderá
a 1m; e os flancos, também em relação ao círculo, 2m".
Com a
adoção desses requisitos heráldicos, o Estado do Ceará ganhava a sua bandeira
definitiva, num esforço meritório de um dos seus mais eruditos governantes: o
educador e acadêmico Plácido Aderaldo Castelo. E este, na execução dessa obra
cívica, contou com a valiosa ajuda do historiador Raimundo Girão, então
Secretário da Cultura.
Fonte: Informações gentilmente cedidas pela Secretaria de Cultura
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