sábado, 19 de janeiro de 2013





1834  -  29 de dezembro – Segunda feira. Nessa data nasce Antonio Teixeira Bastos Filho seus pais eram Antonio Teixeira Bastos e de Maria de Jesus Pinheiro. Líder político, agropecuarista. Era casado com Josefa de Sales Gomes. No livro A Genealogia de Itapajé – de Hélio Pinto, assim descreve Antonio Teixeira Bastos Filho: “Foi Exactor, como era chamado o cargo de Coletor Estadual, e tinha como escrivão o senhor Aristóteles Alves Carneiro.
Foi Prefeito Municipal (Intendente), no Período de 04 de agosto de 1900 a 11 de março de 1903. Destacava-se como político, agropecuarista e promotor de eventos sociais, pois são várias as citações de bailes realizados em sua residência. Foi uma das poucas pessoas citadas por Antônio Bezerra no seu livro: ´Notas de Viagem´, quando de passagem por São Francisco (Itapajé).
Nas secas de 1877-78, teve efetiva participação na organização da distribuição de alimentos, juntamente com outros líderes.
Sem dúvida, um homem de presença marcante em nosso município, havendo inclusive, entre seus descendentes, pessoas que marcaram presença na vida política e social de nosso Estado”. Faleceu em 29 de julho de 1933 – Domingo.

1837  -  19 de dezembro – Terça feira. “Nessa data, Francisco da Cunha Linhares e sua mulher, Domingas Ferreira Pinto doam um terreno, para a construção de uma capela dedicada a São Francisco de Assis, na Vila de São Francisco dos Ipus – atual Itapajé.

1842  -  3 de dezembro – Sábado - Foi criada na povoação de Santa Cruz da Uruburetama, a freguesia de Nossa Senhora da Penha, pela Lei Provincial n.º 262, de 3 de dezembro do mesmo ano (1842), no entanto a capela só passou a gozar de dignidade canônica em 1849, por Dom Luís da Purificação Marques Perdigão, Bispo de Olinda, em Pernambuco.

1849 -  22 de dezembro – Sábado - É criado o novo município (Vila Constituinte), pela Lei provincial n.º 502 desta data, com terras desmembradas de Fortaleza, Canindé e Imperatriz (atual Itapipoca). No ano seguinte (1850) o município tomou denominação de Santa Cruz da Uruburetama, conforme Lei provincial n.º 534 de 10 de dezembro de 1850.

1850 - 10 de dezembro – Terça feira. A Vila Constituinte passa a chamar-se de: Santa Cruz de Uruburetama – Lei Provincial n.º 534 de 10 de dezembro de 1850.

1864  -   24 de dezembro – Sábado. Nessa data nasceu Francisco Ottoni d'Assis Bastos, casou em 10 de setembro de 1886 – Sexta feira, com Raimunda Felina Bastos, nascida em 1871, filha de Franklin Pinheiro Bastos e de Rosalinda Ferreira Gomes. Franklin é filho do Capitão Miguel Antonio Rodrigues e de Francisca das Chagas Pinheiro Bastos. Faleceu em 31 de julho de 1904 - Domingo.

1869  -  8 de dezembro – Quarta feira. Nesse dia nasce João       Boanerges de Carvalho, casado em 30 de novembro de 1895 com Maria do Carmo de Queirós. Boanerges falece em 03 de fevereiro de 1895.

1874  -  19 de dezembro – sábado - Nasce em São Francisco da Uruburetama, atual Itapajé, Maria Rodrigues Peixe, Cronista, Jornalista, Crítica Literária e Romancista, muito cedo adota o pseudônimo Alba Valdez. Diplomou-se pela Escola Normal do Ceará, dedicou-se ao Magistério, ao Jornalismo e aos Estudos Literários. Colaborou com vários jornais e revista aos quais fornecia trabalhos, contos e crônicas altamente apreciados. Sócia efetiva do Instituto do Ceará. Na Academia Feminina de Letras teve como Patrona a escritora tauaense Francisca Clotilde. Foi à primeira mulher a ingressar na Academia Cearense de Letras, e a segunda no Instituto do Ceará. Ativa integrante da Padaria Espiritual, magnífico Grêmio Literário de Fortaleza. Fez parte do Centro Literário, da Boemia Literária e da Iracema Literária. Cooperou com “O Unitário”, Diário do Estado”, “Jornal do Comercio”, “O Povo”, “Revista do Instituto do Ceará” e “Revista da Academia Cearense de Letras”. Grande e bom êxito alcançou Alba Valdez, quando viu capítulos de sue livro de contos “Em Sonho”, traduzido em um país escandinavo, a Suécia, pelo importante escritor Dr. Goron Bjorkman, e publicados no “Illusteradt Hwad Nytt” de Estocolmo. Em 1904, funda a Liga Feminina Cearense, cuja finalidade era trabalhar pelo desenvolvimento cultural da mulher do Ceará, sendo sua primeira presidenta. Não exagerou Antonio Sales quando passou a chamá-la de “Alba Val Dez”. Maiores detalhes poderão ser obtidos na postagem do dia 3 de junho de 2012. 
(http://itapagece.blogspot.com.br/2012/06/maria-rodrigues-peixe-alba-valdez.html - nesta você encontrará fartas informações sobre Alba Valdez.)

1874   -  25 de dezembro – Sexta feira. Catão Porfírio Sampaio nasce em Siupé, então pertencente à Soure (atual Caucaia), seus pais eram: Manoel Porfírio Sampaio e Maria Alexandrina Sampaio. Foi batizado pelo Pe. Francisco José da Silva Carvalho, em Paracuru.

1879   -  11 de dezembro – Quinta feira. Nessa data nasceu Orlando de Meneses Bastos. Filho caçula de Neutel Pinheiro Bastos, grande líder local e de Dona Francisca Argentina de Meneses Bastos - Chiquinha Neutel. Casado com Lydia Gomes Barroso, filha de Francisco Ferreira Gomes e Thereza Gomes Barroso. Faleceu, assassinado em 2 de novembro de 1902 – Domingo.

1880  - 8 de dezembro – Quarta feira. Funda-se sob os auspícios da “Perseverança e Porvir”, a “Sociedade Cearense Libertadora”. O presidente da Província (42º.) - André Augusto de Pádua Fleury - (2 de julho de 1880 a 26 de fevereiro de 1881), não comparece ao ato inaugural da sociedade, tendo exposto a Antônio Martins, na audiência em que o recebe em Palácio, os motivos por que não iria à solenidade. Adianta que muito era de esperar da Cearense Libertadora e que tinha boas esperanças de que o Ceará fosse a 1ª. - província emancipada. Na festividade, realizada na Assembléia, fazem-se ouvir José Correia do Amaral, Antônio Martins, Gonçalo de Almeida Souto, o secretário da Beneficente Portuguesa 2 de Fevereiro, João Batista Perdigão de Oliveira (poesia), Papi Júnior, Frederico Borges, Farias Brito, Francisco Dias Martins (poesia), Padre Dr. João Augusto da Frota, Dr. Guilherme Studart (Barão de Studart), Antônio Bezerra de Menezes e Francisco Filipe de Araújo Sampaio e, por fim, o Presidente. Este apresenta à assembléia os nomes escolhidos pela “Perseverança e Porvir” para formar a diretoria da “Cearense Libertadora”: Presidente João Cordeiro; vice José Correia do Amaral; 1º. secretário, Frederico Borges; 2º. Antônio Bezerra de Menezes; advogados, Dr. Manuel Ambrósio da Silveira Torres Portugal e Capitão Justino Francisco Xavier; tesoureiro, Capitão João Crisóstomo da Silva Jatai; procuradores, José Caetano da Costa, João Carlos da Silva Jatai, João Batista Perdigão de Oliveira e Eugênio Marçal. São libertados três escravos. Inscrevem-se 227 associados. Tocam as bandas de música do 15.º Batalhão e da Polícia. Os libertadores usam criptônimos e na correspondência interna empregam uma espécie de código.

1885  -  4 de dezembro – Sexta feira. Nessa data nasceu José Pinheiro Bastos - (Juca), casado com Cristina Pinheiro Bastos. Da união do casal nasceram diversos filhos, dentre eles: Raimundo Rodrigues Bastos (Bidega), casado com Antônia Ferreira Bastos, filha de Jorge Ferreira Dutra e Francisca Dutra de Melo, naturais do Olho d'Água. Raimundo Rodrigues Bastos. Patriarca de tradicional família de Itapajé. Exerceu grande liderança política no distrito de Santa Cruz, pelo qual foi eleito vereador.

1888   -  19 de dezembro – Quarta feira, (ano bissexto) - Nasce Francisco Ribeiro Pessoa Montenegro, mais conhecido como Major Montenegro e para os mais íntimos “Fancudo”, foi prefeito de São Francisco (Itapajé) entre 1934/35, nasceu em Santana do Acaraú, terra onde estão implantadas as raízes de sua família. Ficou órfão de mãe em tenra idade e de pai na adolescência, já residindo em São Francisco de Uruburetama aonde chegou com 5 anos, cidade escolhida por seu pai, o Tabelião João Ribeiro, para instalar o seu tabelionato. Falecendo seu pai, decidiu ele residir em Fortaleza, na companhia do irmão Monte (João Ribeiro Pessoa Montenegro Filho), então já com 20 anos. Anos depois, o Major Montenegro foi promovido a Tem. Coronel da Polícia Militar e ao retirar-se da ativa, foi promovido a Coronel. Mereceu muitas Menções Honrosas citadas na sua longa “Fé-de-Oficio” que ficará como exemplo aos seus descendentes. Quanto a sua vida particular, ao deixar a vida pública, foi convidado a ser Prefeito em São Francisco de Uruburetama, “Itapajé”, onde passou apenas um ano (1934-35), voltando a Fortaleza em 1935, resolveu ser empresário em sociedade com Francisco Franklin, atuando no ramo de transportes de Cargas e Passageiros. Dentro do âmbito familiar, casou-se em 24 de fevereiro de 1910, com Maria Angelina de Matos Montenegro, filha do Cel. Joaquim Alexandre Mattos e Josepha Rodrigues de Mattos, fazendeiros, sendo ele chefe político em Itapajé. Angelina era irmã de Dom Aureliano Matos, Bispo de Limoeiro do Norte, tia de Dom Vicente Araújo Matos, Bispo Emérito do Crato e tia do Pe. Mariano Rocha Matos. Era prima em segundo grau da escritora Alba Valdez, pertencente a “Padaria Espiritual” (Maria Rodrigues). O Coronel Francisco Ribeiro Pessoa Montenegro faleceu no dia 17 de dezembro de 1969 - Quarta feira.  Angelina, sua esposa falece em 1971.

1895  -  29 de dezembro – Domingo - Nasce Alexandre Euclides Barroso, filho de Luís Rodrigues Barroso e Maria Joventina de Matos. Casou-se em 28-12-1918, com Maria da Conceição Matos, filha de Manoel Alexandre de Matos e Joana Rodrigues de Matos. Dessa união nasceram 10 filhos, sendo que um somente era homem: Joaquim Euclides Barroso, as filhas eram: Adelaide, Isabel, Raimunda, Miriam e Fransquinha faleceram ainda muito jovens; Joanila; Elisabete; Teresa e Miriam, outra filha com o mesmo nome. Comercializava borracha de maniçoba – (segundo o Dicionário Aurélio: Arvoreta da família das euforbiáceas – (Manihot glaziovii), própria do N.E., da qual se extraiu, no passado, o látex, para produzir borracha, que é de segunda classe, e cujo fruto é uma cápsula que se abre em três porções” - e revendia em Fortaleza, seu comboio era um dos maiores da região - principalmente na empresa de José Accioly. Quando retornava a São Francisco, normalmente trazia gêneros alimentícios para revender.

1902  -  30 de dezembro –Terça feira. Neste dia, Catão Porfírio Sampaio, ordena-se Sacerdote. É, em seguida, nomeado Coadjutor de Pacoti, em 17 de fevereiro de 1903. No final desse mesmo ano, no dia 14 de outubro de 1903, Padre (posteriormente, Monsenhor) Catão Porfírio Sampaio é indicado para ser Vigário Encomendado de São Francisco, atual Itapajé. (Brevemente faremos um resumo biográfico do mesmo).

1906  -  13 de dezembro – Quinta feira. Nessa data nasceu Raimundo Rufino Gomes, membro e patriarca de tradicional família local e próspero comerciante. Faleceu em 19 de maio 1967 – Sexta feira.

1909  -  9 de dezembro – Terça feira - Quintino Cunha recebe o diploma de Bacharel em Direito - advogado, pela Faculdade de Direito do Ceará.

1913  -  31 de dezembro – Quarta feira. Nesta data falece o Coronel Miguel Antonio Rodrigues, nascido em 4 de agosto de 1816 – Sábado. Era natural de Itapipoca e casado com Francisca das Chagas Pinheiro Bastos – nascida em 1822 e falecida em 21 de setembro de 1868 – Segunda feira, filha de Antonio Teixeira Bastos e de Maria de Jesus Pinheiro. Eram os pais de Neutel Pinheiro Bastos.

1915   -  31 de dezembro – Sexta feira. Padre Catão assim narra como foi o esse ano. “O início deste anno foi para o povo desta parochia o tempo de maior soffrimento! Os criadores viram esgotas os seus recursos, obrigados abandonar os seus rebanhos sendo a perda calculada em mais de 80% e com o aparecimento do inverno foram obrigados a vender grande parte de seus gados por preços insignificantes. O inverno, porém, foi produtivo e com o início da safra foram pouco a pouco melhorando as condições da população. O número de baptizados baixaram para 354 e o de casamento subiu para 72. Foram distribuídas 7.396 comunhões”.

1916  -  31 de dezembro – Domingo. Padre Catão, relata que “nesse ano, repetindo-se a máxima: “quando não é oito, é oitenta! Nesse ano o inverno foi muito grande, trazendo alguns prejuízos com alagamentos e enchentes. A Paróquia promoveu no dia 11 de setembro – Segunda feira – lua crescente – a Reunião dos Padres que formam que formam o 5º. grupo das Conferencias Eucarísticas, havendo retiro de padres e leigos. Nesse período foram dadas 1.726 comunhões. As crianças baptizadas subiram para 483 e os casamentos foram 150, além de 9.685 comunhões. Entre os meses de maio e junho foram solenizados todos os eventos de festa de padroeiros de capela e missas nas comunidades”.

1917  -  31 de dezembro – Segunda feira. Repetia-se nesse ano o bom inverno. “Os lavradores, segundo Padre Catão, devido ao melhor preço de venda dos gêneros alimentícios e em especial, o preço do algodão que alcançou níveis bastante compensadores. Nesse ano, a exemplo do anterior, ocorreu também o encontro a Reunião dos Padres que formam que formam o 5º Grupo das Conferencias Eucarísticas. Foram distribuídas 1626 comunhões, batizadas 628 crianças, 149 casamentos e 9856 comunhões. Foram solenizadas as festas de N. S. da Conceição e das Capelas”.

1918   -  16 de dezembro – Segunda feira - Nasce José Jauro de Araújo Bastos, ex prefeito de Itapajé e um dos mais populares e empreendedores prefeitos de Itapajé. Todas as principais praças de nossa cidade, bem como o sistema de abastecimento e distribuição de água, foram construídas em sua administração, 1966/70. Ícone inconteste da decência e da honorabilidade – Pessoal, Social e política!

1918  -  31 de dezembro – Terça feira.  Mais uma vez nossa região sofre com mais uma terrível seca! Padre Catão assegura ser a mais cruel seca que já assolou nossa região. Apesar do valor alto do preço do algodão. “A seca foi total. Nada foi produzido! Somente se produziu cará (uma variedade de batata comestível)!”.  Padre Catão relata que, mais uma vez, recorreu ao bispo Dom Manoel da Silva Gomes e ao governo estadual do Sr. João Thomé de Saboya e Silva, na esperança de receber ajuda para repassar a população da sofrida São Francisco de Uruburetama. Segundo Padre Catão, mais de metade da população migrou, principalmente para os estados do norte do país. Além da ajuda do bispo diocesano, recebeu também do Sr. A. Portella, residente no Rio de Janeiro, a quantia de um conto de reis. Apesar do mau tempo, foram batizadas 550 crianças, 51 casamentos e 8.532 comunhões. Foram “solenizados” todos os eventos religiosos do ano, tanto na sede como também, nas capelas.


1919  -  31 de dezembro – Quarta feira. Padre Catão relata que em conseqüência da seca do ano próximo passado, muito ficou agravada a situação para o ano vindouro, 1920. Somente em 17 de fevereiro é que foi iniciado o serviço público de socorro ao povo carente. Padre Catão apela para a excelentíssima. Senhora (mulher) do Dr. Epitácio Pessoa, presidente da Republica. “Algum tempo depois foram iniciados os reparos do açude desta Villa e da estrada de rodagem de São João de Uruburetama com os donativos recebidos pelo exmo. Sr Arcebispo. ´Iniciarei a construção de um muro por detraz da matriz e se necessário cômodos para a estadia de padres nos retiros. Foi também neste anno assoalhado um corredor da matriz.... Ocorreu também o encontro de Padres que formam que formam o 5º. Grupo das Conferências Eucarísticas. Foram batizadas 350 crianças, 33 casamentos e 7865 comunhões”.


FRASE DO DIA

"A história é testemunha do passado, luz da verdade, vida da memória, mestra da vida, anunciadora dos tempos antigos". (Cícero)

Por hoje é só!
Ribamar Ramos  
Fortaleza, 19-01-2013
Boa noite / Bom dia!




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