DITO E FEITO!
A segunda parte mostrará o “primeiro lote” das fotos do pessoal do antigo MOBRAL, bem como de algumas autoridades da época. Divulgarei, provavelmente, em 4 ou cinco postagens futuras, já que o número de fotos é bastante significativo: aproximadamente 120 fotos.
Divirtam-se com as lembranças de nossa Itapajé Antiga. Ainda nesta semana falarei, um pouquinho sobre o aniversário de Itapajé – 20 de julho.
Ribamar Ramos
Itapajé, 17 de julho de 2012
Boa noite / Bom dia
FRASE DO DIA
“O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo...” Mário Quintana
MEU ITAPAJÉ ANTIGO ( I )
Paulo Vieira de Mesquita
(Folha de Itapajé- Ano I - n.º 5 Ago/Set 1983)
Paulo Vieira de Mesquita - 09/07/1937 / 19/05/1987.
“Muitos conterrâneos saudosistas me sugeriram continuar lembrando os tempos e os costumes esquecidos, ou nunca bastante lembrados. Deitemos-nos em cheirosa rede-de-meio, com uma cuia de farinha de torrado, com castanha na mão, e vamos lá: Lá vão os irmãos do Santíssimo, com suas batas rubro-negras nas procissões.
Aliás procissão sem o Toinho Folgazão e o Zé Massa Crua, brigando prá levar o Cruxifixo, bem na frente, não funciona. Delegação de futebol sem o Héliodoro como integrante, não emplaca. E as peladas na rua Grande revelaram quantos craques? E o Melquíades alugando bicicletas a todos, menos ao Manuel de Plácido, de saudosa memória? Que saudades das serestas com o Compadre Vicente Eduardo, dando o "BOA NOITE", e levando o bolo no bolso prá comadre Haydê; os cantores da terra dando o seu recado, alguns de lanterna e letra nas mãos como o saudoso Nereu.
E toca a recordar... Os filhóis do Seu Chico Valdevino, com o repente: "Filhóis na boca uma coisa louca. Filhóis na bunda uma coisa imunda". Festa, animação, novena, sentinela, prá cada acontecimento, a brilhantina certa comprada, "de mercado", na loja do parente Coquinho. E a pensão Estrela? Quem não lembra. Sou dos tempos do simplesmente, plenamente e distinção e louvor, sem esquecer o caderno Avante. E os partidos SEMPRE-VIVA e AMOR PERFEITO.
Sou dos tempos do reisado com papangu e vaqueiro e da dança de São Gonçalo. Sentinela com "incelença" cantada a noite toda, a cana rolando braba, o pobre do defunto teso e esquecido. Hoje não se come mais mariola nem manzape, só doce de lata. As cocadinhas servidas em papéis de embrulho, e os pirulitos ou quebra-queixo são quitutes do passado.
Na época meu terno, primeiro e único, feito pela Matilde, linho acetinado branco, era muito conhecido por questões óbvias, mereceu de certos Nonatinho e Ari o apelido de BRANCHU HJ. Depois de engomado, no grude podia botá-lo de pé, que ele ficava. Não havia água encanada, então o banho da moda era no Pragatão, e depois no Antônio Brioso, lá no açude.
Ante minha imaginação começa agora o desfile dos tipos populares: Chico Bobobô, a Dassa que virou ditado, o Paulo Sobral passando um café de primeira; Zé Braz, que chorava à simples menção de que fora o melhor baterista de Itapajé; Aninha pai-dégua com seus 40 anéis e outros tantos cachorros; Continência e Sumidaro, que não tinha direito a nada, eterno apaixonado de uma Zilmar Goiabada que nunca existiu. Chegamos. Vamos tomar um café forrado em casa com tapioca e beiju. Droga. Só tem café solúvel com torrada dietética. Sinal dos Tempos”.
FOTOS DO ANTIGO MOBRAL
Até a próxima oportunidade. Ribamar Ramos
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