sexta-feira, 20 de julho de 2012


PARABÉNS! 

Uma mensagem de Gratidão



O homem, por detrás do balcão olhava a rua de forma distraída. Uma garotinha se aproximou da loja e apertou o narizinho contra o vidro da vitrine.
Os olhos da cor do céu brilharam quando ela viu determinado objeto.
Entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesas azuis. É para minha irmã. Pode fazer um pacote bem bonito?
O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou: Quanto dinheiro você tem?
Sem hesitar, ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o sobre o balcão e feliz, disse: Isto dá, não dá?
Eram apenas algumas moedas, que ela exibia orgulhosa.
Sabe, eu quero dar este colar azul para a minha irmã mais velha. Desde que morreu nossa mãe, ela cuida da gente e não tem tempo para ela. É seu aniversário e tenho certeza que ela ficará feliz com o colar que é da cor dos olhos dela.
O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita verde.
Tome, leve com cuidado.
Ela saiu feliz, saltitando rua abaixo.
Ainda não acabara o dia quando uma linda jovem de cabelos loiros e longos e maravilhosos olhos azuis, adentrou a loja.
Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e perguntou:
Este colar foi comprado aqui?
Sim, senhora.
E quanto custou?
Ah!, falou o homem, o preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o cliente.
A moça continuou: Mas minha irmã tinha somente algumas moedas. O colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro para pagá-lo!
O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e devolveu à jovem dizendo: Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar. Ela deu tudo o que tinha.
O silêncio encheu a pequena loja, e duas lágrimas rolaram pelas faces jovens, enquanto suas mãos tomavam o embrulho e ela retornava ao lar, emocionada.
Verdadeira doação é dar-se por inteiro, sem restrições. Gratidão de quem ama não coloca limites para os gestos de ternura.
E gratidão é sempre  manifestação espontânea das pessoas que têm riqueza de emoções e altruísmo. Sê sempre grato, mas não espere pelo reconhecimento de ninguém. A gratidão é dever que não aquece apenas quem a recebe, mas também reconforta quem a oferece.





MEU ITAPAJÉ ANTIGO ( II )

Paulo Vieira de Mesquita

(Folha de Itapajé- Ano I -  n.º 5 Ago/Set 1983)



 MEU ITAPAJÉ ANTIGO - PAULO VIEIRA (Folha de Itapajé- Ano I -  n.º 5 Ago/Set 1983).

      “Depois dos dois artigos anteriores, os leitores da Folha (de Itapajé) continuam a lembrar através de telefonemas e cartas, fatos e personagens que fizeram o dia-a-dia do Itapajé de ontem. Do ALTO XINGU, nosso amigo Raimundo Teles lembra o quebra-quebra do dia 6 de Janeiro, quando os católicos chefiados pelo saudo­so Pe. Paulo Ferreira de Almeida,(nascido em 30/06/1913 e ordenado em 27/11/1939) à frente o finado Chico Furna, puseram em fuga Jorge Amado e sua comitiva. Aliás, este tema será abordado oportunamente, à propósito do livro UM CHAPÉU PARA VIAGEM, de Zélia Gattai, mulher do grande escritor, quando ela qualifica Itapa­jé como cidade da Intolerância (!)”
     “Já minha prima Carmem Saraiva, ex-diretora do Grupo Escolar (quem não lembra D. Carmem!) aponta a falta da PILINHA, entre os tipos inesquecíveis da cidade. E vão por aí as lembranças: Comício da , U.D.N., na praça principal. O candidato a Governador do Estado, pelo partido, Dr. Paulo Sarasate empolgava a multidão. 0 lema “0 PREÇO DA LIBERDADE É A ETERNA VIGILÂNCIA” corria de boca em boca. Bem na frente do palanque, do alto do seu metro e noventa, nosso HÉLIODORO vibrava. Em determinada passagem do estrondoso discurso, não vacilou: enquanto a maioria gritava, MUITO BEM e/ou APOIADO, HÉLIODORO tirou o inseparável (até hoje - 1983) chapéu da cabeça, levantou-o até a altura do rosto do grande político, e à falta de ou­tro relaxo mais apropriado gritou: TÁ ELEITO FÉ DA PUTA! Não quis jamais desmoralizar o saudoso líder, foi o desabafo de um seguidor fiel e crente na vitória.
E o Velho Uchôa, ou como todos o tratam: VÉI CHÔA? No tempo dos GMC e/ou dos CHEVROLET Gigantes, ele já era ajudante de caminhão. Nunca aprendeu o suficiente para tirar a carteira de motorista, permaneceu fir­me a uma profissão em extinção, senão extinta. São muitas as estórias do VÉI CHÕA, aí vai uma. Trabalhava com o Paulo Finoca. Em pleno sertão, furou-­se um pneu. Paulinho naquela calma, só os dois, disse: VÉI CHÕA? sobe e traz um macaco que está lá em cima da carra­da. Passada uma boa meia-hora, o Pauli­nho começando a se impacientar, apa­rece o VÉI CHÕA com um pedaço de corda: - Seu Paulo eu acho que o macaco foi embora, achei ainda este pedaço da corda que estava amarando o bruto”.























































Muito Obrigado! minha querida Itapajé. PARABÉNS!!
Ribamar Ramos
Itapajé, 20 de julho de 2012
Boa noite / Bom dia

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