MANUEL PINTO DE MESQUITA

Nascido de família pobre, muito cedo teve que enfrentar a vida, a fim de conseguir meios para sobreviver. Casado com Maria Francisca de Mesquita. Da união matrimonial, nasceram os seguintes filhos: Jesuino Pinto de Mesquita, casado com Umbelina Fernandes de Mesquita nascida em 22 de dezembro de 1901 e falecida em 5 de maio de 1993, filha de Inácio Fernandes Rego e Antonia Fernandes de Melo. O segundo filho foi: José Pinto de Mesquita, casado com Maria Forte de Mesquita, filha de Antonio Barroso Forte e Verônica Bernardo Forte.  Raimunda Pinto de Mesquita, casada com Euclides David de Queirós Bastos, filho do capitão José Paulino e de Francisca Idelzuite de Melo. Raimundo Pinto de Mesquita foi o quarto filho. A filha de número cinco foi Francisca Pinto de Mesquita, casada com José Firmo de Mesquita. Finalmente nasceram: Joana Pinto de Mesquita, casada com Sinuca Coelho; Nenen, casada com Isaac Teles de Meneses e Odete Pinto de Mesquita – detinha casada com João Batista Mota.

Desde muito cedo passa a trabalhar, como comboieiro de seu sogro. Dotado de uma inteligência aguçada, juntamente com uma grande força de vontade, foi adquirindo bens materiais, chegando, algum tempo depois, a possuir seis fazendas e cinco sítios; alguns tão grandes que foram divididos em duas partes.

Já com idade avançada, residia em Piriritiba, próximo a Parangaba, em Fortaleza, segundo informações de sua neta Maria Luiza Castro. Quando mais jovem passava longos períodos, em especial no inverno, na fazenda Formosa, no município de Canindé.

Nos últimos anos de sua vida, costumava também passar longas temporadas na fazenda Valentim, próximo a Taperuaba.

O casal teve oito filhos, viveu 53 anos com sua esposa, Maria Francisca de Mesquita, que veio a falecer primeiro. Seus filhos foram casando-se, e com passar dos tempos foi distribuindo seus bens, uma espécie de inventário em vida. Decisão sábia, pois sabia quanto existe de brigas, quando da divisão de bens de espólio, após a morte do titular.

Para Jesuino deixou a fazenda Caminhadeira e o Sítio Carnaubinha. José Mesquita ficou com uma parte da fazenda Valentim e Cajazeiras. Chiquinha, uma parte da fazenda Valentim e um sítio no Mundaú. Raimundinha ficou com um sítio na serra de Baturité. Joaninha foi contemplada com o Sítio Piriritiba, em Fortaleza. Neném herdaria o Sítio Carnaubinha e a fazenda Caiçarinha. Odete receberia a fazenda Formosa, no município de Canindé.

Possivelmente devido às dificuldades que enfrentara em seu início de vida, sempre procurou compreender e a amenizar os sofrimentos de quem o procurava. Criou 13 pessoas de outros pais, que somados aos seus filhos legítimos, totalizava 21 dependentes diretos.

Homem de posses, muitas vezes recebia pedidos de ajuda e nesses casos as pessoas colocavam como garantia, muitas vezes, até bens de uso pessoal. Quase sempre procurava atender a esses pedidos e emprestava pequenas quantias, sem exigir nenhuma garantia real, o tomador do empréstimo pagava quando podia.

Casou-se pela Segunda vez, agora com Ester. Jovem senhora muito querida por todos os familiares, pois já era acostumada a passar logos períodos em sua casa. Os motivos do casamento, muito incentivado por sua filha mais nova, Odete, era uma maneira de proporcionar-lhe um final de vida digna, pois fora sempre um homem digno e de bem.  Ester, jovem de origem humilde, mas, de um caráter altivo, preenchia todos os requisitos que as circunstâncias exigiam.

Manuel Pinto de Mesquita costumava confidenciar a seus próximo que sua missão de homem, marido, pai, avô e amigo chegara ao fim. Agora era esperar os desígnios de Deus. Confiava agora mais do que nunca, na bondade e na compreensão, quando de seu julgamento por Deus. Estava pronto para o grande encontro com o Pai. Sua missão fora cumprida. Gostaria de continuar entre seus entes amados, e, em especial, nutria um grande amor a sua neta preferida: Maria Luiza, viúva de Carlos Castro, filha de Jesuino Pinto de Mesquita, que sempre e agora depois da velhice, mais do nunca, dispensava-lhe tanto carinho. Manuel Pinto de Mesquita, grande liderança política local. Nasceu em 24 de agosto de 1868.  Faleceu em 26 de março de 1955.

Ribamar Ramos

    

  Notas:

Brevemente falarei, um pouquinho apenas, já que foram pessoas tão importantes para nós e para Itapajé, das seguintes pessoas, dentre outras:

·        Ossian Gomes;

·        Pedro Pereira de Sousa;

·        Agerson Tabosa;

·        Mundim Mocó;

·        Valdemira Marcelo;

·        Darça;

·        Pantera;

·        Saia-Veia

·        Zé Milonga;

·        Chico Bobobó;

·        Rubens Macapá;

·        João Ferreira Gomes;

·        Teófilo Ramos;

·        Neutel Pinheiro Bastos;

·        Castelo Felix;

·        Raimundo Vieira;

·        Luiz Saraiva;

·        Manoel Fonseca e muitos outros.

(obrigatoriamente não será seguido à ordem acima).

Faço aqui um pedido: Entrem em contato comigo (Ribamar Ramos) e forneçam-me informações biográficas e fotografias, para sua devida adequação e provável divulgação.

Aproveito a oportunidade para agradecer aos jovens Cyro Dutra e Bruno Dutra, pelo apoio que eles têm dado ao seu “Tio Ribas”. Obrigado!  

Frase do dia:

“Muitas vezes, é preciso que esperemos pacientemente pelo amanhã, para que se possamos confirmar ou não, se o nosso ontem foi bom”.  – Ramabir Somar - Pensador.